Vejam o que a presidenta Dilma pensa do futuro do Brasil

Por Emanuel Neri

Com quase oito meses na Presidência da República, a presidenta Dilma Roussef deu uma interessante entrevista para a revista Carta Capital –saiu nas duas últimas edições da revista (17 e 14/8). Foi a primeira entrevista exclusiva dela para uma revista brasileira –antes tinha falado para o jornal Valor. É importantíssimo rever alguns pontos desta entrevista para saber o que anda pela cabeça da Chefe da Nação e quais os planos que ela tem para o futuro do Brasil. Veja algum destes pontos:

“Farei tudo para que o Brasil, em 2014, tire 16 milhões de cidadãos da miséria. Que a nossa classe média tenha na educação um caminho para manter sua condição e que aqueles que estão um pouquinho acima na pirâmide social desses 16 milhões de miseráveis passem para a classe média. Quero consolidar um Brasil de classe média”. (sobre o Brasil sem Miséria, seu principal projeto social).  

“Quero transformar a área da saúde. Quero levar o atendimento de um hospital às casas das famílias. É mais barato, é melhor para as pessoas e por poder ser feito em escala maior com um custo fixo muito pequeno. Isso vai nos descongestionar o tratamento final nos hospitais e diminuir a quantidade de tempo que as pessoas permanecem ocupando um leito”. (sobre o Home Care, tratamento de saúde em casa).

“Um governo que se deixa capturar pela corrupção é altamente ineficiente. É inadmissível diante de tão pouco dinheiro que temos para fazer as coisas. Então, por uma razão não só ética e moral, mas de eficiência, você é obrigado a tomar providências”. (Sobre medidas que tem tomado para punir casos de corrupção no governo)

“As mesmas pessoas que hoje criticam o trem-bala diziam nos anos 80 que o Brasil não deveria fazer metrôs, que era coisa de país rico. Não se trata apenas de oferecer uma alternativa de transporte, mas de produzir uma reconfiguração urbana. No trajeto entre Rio e São Paulo vai ocorrer uma desconcentração urbana”. (sobre o trem-bala, ligando São Paulo ao Rio, um dos principais projetos de seu governo).

“Estamos concluindo uma Lei da Copa que vai regulamentar o que o governo vai fazer. E, outra coisa, respeitamos a Fifa e a CBF, mas nossa cara no exterior vai ser o Pelé, nosso embaixador honorário (da Copa). O problema dos aeroportos não é da Copa, é algo para depois de amanhã. A taxa de uso de avião cresce 20% ao ano no Brasil.  Asseguro que em 2014 estará tudo prontinho”. (sobre a Copa e os aeroportos, que o governo está reformando)

“Vamos construir 750 mil cisternas no semiárido nordestino, onde vivem 20 milhões de brasileiros. Só neste ano (2011) vamos construir 300 mil. Estamos erguendo barragens para que se possa usar no plantio e na produção. Vamos começar os ramais que serão abastecidos pela transposição do rio São Francisco. Devemos acabar tudo em 2015”. (sobre o problema de abastecimento de água no Nordeste)

“Sou alegre, não sou deprimida. Depois de uma certa idade, passei a me contentar com algumas poucas coisas”. (ao dizer que está feliz na Presidência da República).

Quem quiser mais detalhes sobre a entrevista da presidenta em duas edições da revista, pode acessar www.cartacapital.com.br