Por Emanuel Neri
A energia solar pode tornar-se tão competitiva e acessível no Brasil quanto a energia eólica. É que o governo federal acaba de anunciar uma série de incentivos para baratear os custos deste tipo de energia alternativa. A energia solar ainda é a muito cara - cada MW (megawattes) deste tipo de energia renovável custa entre R$ 400 a R$ 500. A energia eólica, que já teve preços semelhantes, custou em torno de R$ 99,00 o MW no leilão que o governo federal realizou, na semana passada, para contratos de vários parques eólicos, muitos deles no Nordeste – quatro só em São Miguel do Gostoso.
A exemplo do que fez com a eólica, o governo garantirá, por meio do mercado livre, a compra de energia solar. Haverá incentivo para a compra deste tipo de energia para abastecer prédios públicos. A indústria também será estimulada a substituir suas fontes de energia convencional pela solar. Em troca disso, quem comprar energia solar receberá incentivo do governo e um selo de sustentabilidade. Acredita-se que este será o primeiro passo para que a energia solar torne-se tão importante quanto é hoje outras fontes de energias alternativas, entre elas a eólica.
Esta medida pode beneficiar enormemente o Nordeste brasileiro, onde há abundância de sol e chove pouco durante o ano, condições fundamentais para a energia solar. O Ceará, a exemplo do que fez com a fonte eólica, sai na frente e cria vários projetos para desenvolver este tipo de energia. Não se tem notícia de nenhum grande projeto do governo do Rio Grande do Norte, que tem perdido a corrida da nova economia para outros Estados da região. Algumas pousadas e residências de São Miguel do Gostoso utilizam energia solar. Mas seu custo de instalação e de manutenção ainda é muito alto, o que inibe uma utilização maior deste tipo de energia.
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