Energia dos ventos traz renda e empregos para o RN e Gostoso

Por Emanuel Neri, em São Paulo.

Começa hoje, em Brasília, o leilão de energia eólica que poderá fazer do Rio Grande do Norte um dos maiores produtores deste tipo de energia. Olhem que dado impressionante: dos 240 projetos que estarão sendo leiloados hoje, 75 são para exploração em terras potiguares – o segundo Estado é o Rio Grande do Sul, com 57, seguido do Ceará, com 54.  Serão leiloados um total de 6.052 Megawates (MW) – deste total, o Rio Grande do Norte participa com a significativa marca de 1.989 MW.

A energia eólica, gerada pelo vento, é considerada uma energia limpa, ecológica, por não agredir a natureza, como outras matrizes energéticas, como a térmica e a nuclear. O Nordeste brasileiro é considerado uma das melhores regiões do mundo para a exploração deste tipo de energia. Enquanto a taxa de geração uma turbina de 1 MW é de aproximadamente 27%, em várias regiões do mundo, no Brasil este índice chega a alcançar entre 45%  e 50%. O Nordeste também é considerado propício porque não existem muitas tempestades que atrapalhem a produção de energia.

A previsão do governo federal é que, até 2020, a matriz energética brasileira conte com 7% de energia eólica (mas há previsões de que pode chegar a 20%) –hoje a produção representa apenas 0,8%, menos de 1000 MW. O Rio Grande do Norte e o Ceará são consideradas as melhores regiões para a exploração da energia eólica. Em São Miguel do Gostoso, há várias empresas instalando seus parques para produzirem este tipo de energia, muitas delas –como a Voltália, de origem francesa – participando dos leilões que o governo federal fará entre hoje e amanhã.

Esta é uma ótima notícia para a economia de São Miguel do Gostoso porque, além de gerar renda para o município, cria empregos para a população.