Por Emanuel Neri, em São Paulo
Não faz muito tempo as mulheres tinham enorme dificuldades de se posicionarem no mundo profissional e político. Os homens sempre olhavam para as mulheres com desconfiança -é como se elas não tivessem capacidade para administrar negócios e órgãos públicos. Pois hoje, felizmente, esta história mudou. O Brasil, quem diria, já tem uma mulher, Dilma Roussef, como presidenta da República. E Dilma está fazendo uma adminsitração que tem surpreendido a muitos, especialmente aos que a viam com restrições de viés machista. Com sete meses de mandato, Dilma tem excelente aprovação dos brasileiros. Segundo o último DataFolha, divulgado domingo (7/8), a presidenta tem 48% de aprovação otimo e bom. Se considerados os que acham seu governo regular (39%), que não é uma avaliação ruim, seu índice de aceitação salta para 87%.
Sinal de que as mulheres estão chegando e cumprindo muito bem seu papel. As mulheres hoje estão em todas as atividades do Brasil. Além de Dilma, 11 ministras --mais de um terço de todo o ministério - integram seu governo. Gleisi Hoffmann ocupa o cargo de chefe da Casa Civil, o de maior importância no ministério, enquanto Miriam Belchior é ministra do Planejamento, outra função de enorme relevânca no governo. O Supremo Tribunal Federal (STF), principal órgão do judiciário do país, tem duas mulheres, Elen Gracie e Carmen Lúcia. No Congresso, as mulheres ocupam quase 10% das cadeiras do Senado e da Cãmara -ainda é pouco, mas tem melhorado. Há profissões, como o jornalismo e o magistério (professores), em que as mulheres já são ampla maioria. No Direito e na Medicina, há relevante presença feminina.
O Rio Grande do Norte não fica atrás nesta corrida das mulheres pela quebra de tabus. As duas últimas governadoras do Estado -Vilma Faria, que já havia sido prefeita de Natal, governou entre 2003 e 2010, e a atual, Rosalba Ciarlini. A segunda maior cidade do Estado, Mossoró, é governada por mulheres há várias legislaturas. Foi também no RN que as mulheres votaram pela primeira vez, no Brasil e na América Latina, em 1927, e que elegeu a primeira prefeita do Brasil, Alzira Soriano de Souza, em Lages, em 1928. Mais: a poetisa potiguar Nizia Floresta (1810-1885) é considerada pioneira do movimento feminista no Brasil. Aqui também tem outras mulheres importantíssimas, como a deputada federal Fátima Bezerra, mais votada no Estado, que preside a importantíssima Comissão de Educação da Câmara Federal.
E São Miguel do Gostoso, como fica nesta história? Ao que tudo indica, uma mulher, Fátima Dantas, concorrerá à Prefeitura do município, no próximo ano. Segundo pesquisas, tem grande chance de se eleger.
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