sábado, 31 de outubro de 2020

PM de São Miguel do Gostoso quer usar estrutura de barreira sanitária, na entrada da cidade, para controle de acesso de veículos e reduzir ocorrências policiais

 

Por Emanuel Neri

Se o atual prefeito quiser, boa parte dos problemas de segurança de São Miguel do Gostoso pode ser resolvida.

Basta que a Prefeitura também utilize a barreira sanitária na entrada da cidade, que existe ali desde o início da pandemia do Coronavirus, para também fazer um posto de vigilância que possa registrar, com vídeo, todos os veículos – de motos a automóveis – que chegam à cidade.

Esta sugestão foi levada esta semana à Prefeitura pelos responsáveis pelo destacamento da Polícia Militar local. Se isso ocorrer, basta que, com a ajuda de policiais, os responsáveis pela barreira sanitária também monitorem veículos que estejam chegando à cidade.

Para a Polícia Militar, este monitoramento pode ser feito com a utilização de câmeras de vídeos instaladas no local. A própria lista de acessos à cidade, já feita pela barreira sanitária, também serviria para a polícia prevenir melhor eventuais crimes locais.

Para o comando da PM em São Miguel do Gostoso, este tipo de controle teria várias finalidades. Uma delas seria inibir o acesso de marginais que vêm à cidade para praticar delitos. A inibição ocorre por que haveria registros de todos os veículos e motoristas ao entrarem na cidade.

“Isso ajudaria muito no controle da segurança da cidade”, diz o argente Assis, um dos responsáveis pelo policiamento em São Miguel do Gostoso.

Roubos de celulares

A ideia de usar a barreira sanitária também como posto de vigilância começou a se concretizar esta semana, depois de algumas ocorrências policiais. Alguns moradores tiveram seus celulares roubados por motoqueiros que usavam capacetes, para não serem identificados.

Policiais acreditam que estes assaltantes são de distritos de Touros, município vizinho, e entraram na cidade pela principal via de acesso local, exatamente onde hoje está montada a barreira sanitária. Se houvesse mais controle, isso dificilmente teria ocorrido.

Para enfrenar estes casos, o policiamento foi reforçado e a PM  prendeu um dos assaltantes, que estava armado. Mais que isso, pediu reforço policial ao comando da PM no Estado. Seis novos policiais chegaram para reforçar o policiamento. Foi montado bloqueio na entrada da cidade, junto à barreira sanitária.

A partir daí, praticamente não houve mais ocorrências de roubos nas ruas da cidade. Registre-se que, por causa do feriado prolongado, São Miguel do Gostoso está recebendo muita gente. Mesmo assim, a cidade está tranquila, sem ocorrências policiais.

São Miguel do Gostoso tem a vantagem de ter praticamente uma única via de acesso. Ela fica no final da RN-221, que faz a ligação com a BR-101. Por ali chega praticamente todo o trânsito de pessoas que vêm à cidade. A outra entrada, de pouco movimento, liga à cidade de Parazinho.

Se a Prefeitura, junto com a Polícia Militar, reforçar o esquema de vigilância na entrada da RN-221, no pórtico de entrada da cidade, muitos dos problemas de segurança podem ser resolvidos.

Principalmente se for utilizada, em parceria com a PM, a estrutura da barreia sanitária, que já funciona na principal, e praticamente única, entrada de São Miguel do Gostoso.

domingo, 18 de outubro de 2020

Voltam as carreatas eleitorais barulhentas com transtornos nas ruas de São Miguel do Gostoso. Não são aotadas medidas para evitar casos de Covid-19

Por Emanuel Neri

Pode ser que parte da população aprove e participe do estilo como a campanha eleitoral para prefeito de São Miguel do Gostoso  está sendo feita atualmente. Este blog respeita estas opiniões. Mas se sente no direito de criticar a enorme bagunça em que se transformou a campanha, agravada pelo enorme risco de ampliação do Coronavirus na cidade.

O que se viu na tarde e noite deste sábado (17/10), nas ruas da cidade, foi mais um festival de horrores. Qualquer pessoa razoavelmente inteligente sabe que, do jeito que as campanhas estão sendo feitas, é uma espécie de “tiro no pé”. Desta vez, a carreata que passou horas nas ruas, com barulho ensurdecedor, além de travar o trânsito, foi do prefeito Renato de Doquinha.

A concentração da carreata começou a partir do meio dia, no bairro do Maceió. Mas se agravou no final da tarde, próximo ao início da manifestação. As ruas do bairro ficaram totalmente congestionadas. Não saia nem passava nenhum carro pelo meio da carreta. No final da noite, era gigante o congestionamento de veículos com turistas que vinham da praia do Tourinhos.

A exemplo do que já havia acontecido uma semana antes na campanha de Miguel Teixeira, o som era ensurdecedor. Além do barulho provocado por inúmeros paredões de som, havia ainda o interminável espocar de foguetes e rojões, assustando crianças, animais e incomodando idosos que moram na região.  Houve muitas reclamações, mas a manifestação continuou.

É de uma tremenda insensatez fazer uma manifestação deste tipo em pleno sábado, quando a cidade está cheia de turistas. A partir das 19h, quando a carreata de Renato saiu pela avenida dos Arrecifes, passando por outros bairros, muitos turistas ficaram ilhados em ruas e pousadas, sem poder sair para jantar.  Nas pousadas e restaurantes houve muitas reclamações.

 Há informações deque, em algumas pousadas, turistas fecharam suas contas e foram embora para suas cidades de origens. Não dá para imaginar que uma cidade que vive do turismo trate os turistas desta forma.  E não são só turistas que sofrem com a irresponsabilidade dos políticos. Moradores de São Miguel do Gostoso também tiveram dificuldades de circular pela cidade.

O que se pergunta é o porquê destes candidatos a prefeito não escolherem outros dias para botarem suas carreatas barulhentas nas ruas. Por que não escolher uma terça ou quarta-feira, quando a cidade está mais vazia, para fazerem suas manifestações? Aos sábados ou sextas estas carreatas prejudicam a cidade e causam mal estar às pessoas que procuram a cidade para passar o final de semana. 

Não se trata de ser contra campanhas eleitorais. Elas fazem parte da democracia. E escolher seus representantes (ao governo federal, estadual e municipal) é um legítimo direito do eleitor e dos candidatos. Mas estas campanhas tem que ser feitas com inteligência, levando propostas de governo aos eleitores. Mas sem apelar para recursos de paredões de som, barulho ensurdecedor, estampidos de rojões e muitos transtornos nas ruas, como está acontecendo atualmente em São Miguel do Gostoso.

Qualquer candidato a prefeito, principalmente Renato de Doquinha, que já é prefeito, tem que pensar o turismo como uma fonte de renda e empregos para a cidade. O que vai acontecer se esta fonte secar? Quem vai suprir os milhares de empregos, direitos e indiretos, que o turismo gera em São Migue do Gostoso? Além disso, há outros problemas para estes políticos.

A campanha atual é feita no grito, no som alto. Parece até que quem fizer mais barulho na cidade vai ganhar a eleição. Não é bem assim. Basta ver os aplicativos de moradores, nas redes sociais, para ver que muita gente está reclamando da balbúrdia em que é transformada a cidade no dia destas carreatas. Qual a proposta de governo passada pelos candidatos para a melhoria do município? Nenhuma, a campanha resume-se a paredões de som e rojões.

Nas redes sociais, já há muitos moradores dizendo que não votam em candidatos que causam transtornos na cidade.

Aumento do Coronavirus

Tem também outro risco, igualmente sério, na forma como se está fazendo a campanha eleitoral atualmente. O último boletim da Secretaria de Saúde do município diz que São Miguel do Gostoso registrou 26 casos de Coronavirus (Covid-19) nos primeiros 16 dias de outubro.  A maioria destes casos foi diagnosticado agora, mas muito deles foram infectados antes. Mesmo assim, deve-se ter cautela com aglomerações em campanhas eleitorais. 

Em todo o mês de setembro, por exemplo, foram registrados apenas dois casos de Covid-19 no município. De fato, muita gente tem acompanhado as carreatas, a pé, atrás de paredões de som, sem máscaras, o que aumenta muito o risco de transmissão do Coronavirus. Issso já havia sido visto na semana passada, na carreata/passeata de Miguel Teixeira. E isso foi visto, novamente, neste sábado, na carreata/passeata de Renato de Doquinha. É importante que estes candidatos saibam que a pandemia de Coronavirus não acabou.

E também é preciso que os candidatos a prefeito adotem medidas para que as aglomerações eleitorais, como tem acontecido na cidade,  não aumentem o numero de infectados por Covid em São Miguel do Gostoso. 

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Campanha eleitoral de São Miguel do Gostoso abusa do som alto e do transtorno na cidade. Candidatos fazem carreatas com aglomerações e riscos à saúde

 

Por Emanuel Neri

Parece até que, na atual campanha eleitoral, vai se eleger prefeito de São Miguel do Gostoso aquele candidato que fizer mais barulho na cidade, com o uso de carros com som altíssimo, sem nenhum respeito ao cidadão – nem ao eleitor.

Pelo menos é isso que se está percebendo na cidade desde que foi iniciada a campanha eleitoral, há quase duas emanas. Quase todos os dias carreatas desfilam pelas ruas com uso de paredões de som que têm provocado muito barulho, mas que não se houve uma única proposta em benefício da cidade.

Os dois principais candidatos a prefeito – Renato de Doquinha, atual prefeito, candidato à reeleição, e Miguel Teixeira, ex-prefeito – tem se preocupado apenas em fazer uma campanha com carreatas e carros de som barulhentos, sem se preocupar em dizer o que efetivamente pretendem fazer pela cidade.

A impressão que se tem é que ganhará a eleição aquele candidato que gritar mais alto.

Na última sexta-feira (9/10), véspera do feriadão, foi a vez da campanha de Miguel Teixeira por seu bloco barulhento nas ruas. Os carros usados para difundir as músicas da campanha eram mais potentes do que paredões de som. Eram, sim, verdadeiros trios elétricos, todos com som ensurdecedor.

Além do barulho infernal, a carreata de Miguel Teixeira travou o trânsito nas principais ruas da cidade. Quem chegava a São Miguel do Gostoso para descansar, no feriadão, ficou preso até por uma hora por causa do engarrafamento de trânsito, causado pelos carros desta carreata.

Uma pergunta ao candidato ou a quem cuida de sua campanha. Será qiue os moradores, que estavam em suas casas, e os turistas que estavam chegando à cidade, ficaram satisfeitos com todo este transtorno de som alto e trânsito engarrafado pro causa da carreata? A resposta é não. Poucos apoiam este tipo de campanha

Por onde passou a carreata de Miguel – e em outros dias, as de Renato, com igual estardalhaço de som – houve reclamação. Alguns moradores chegaram a ligar para a polícia, mas a resposta era sempre a mesma: “É uma carreta eleitoral, não se pode fazer nada”. Será que esta barulheira traz votos?

Nesta segunda (12/10) também em pleno feriadão, teve outra carreata de Renato de Doquinha nas ruas da cidade. Usou-se a campanha “Outubro Rosa”, do combate ao câncer de mama, para justificar a carreta. O pior é que, nestas carreatas, muita gente caminha a pé, dançando e balançando bandeiras do candidato.

É claro que estas carreatas, com gente caminhando a pé, sem uso de máscaras, atrás dos carros de som, causa aglomeração. E isso não é nada recomendado em plena pandemia do Coronavirus. Onde estão as autoridades sanitárias e a Justiça Eleitoral que não vê este abuso em tempo de pandemia?

Dos quatro candidatos a prefeito de São Miguel do Gostoso, os únicos que não tem causado este tipo de transtorno, de barulho e congestionamento de trânsito, são as campanhas de Tiquinho e Jubenick. Mas isso deve ocorrer porque estas campanhas não tem o mesmo dinheiro da estrutura eleitoral de Renato e Miguel.

Tiquinho tem feito algumas caminhadas a pé, com aglomeração, mas o que se vê nas fotos divulgadas nas redes sociais é que grande parte dos presentes, inclusive o candidato, está usando máscaras. Pelo menos este tipo de manifestação política é feita de forma mais silenciosa, sem causar transtorno e risco de saúde.

A Justiça Eleitoral tem proibido aglomerações e em algumas cidades estão proibidas o uso de carreatas. Mas aqui em São Miguel do Gostoso as campanhas são feitas na base do “grito” e do som alto, causando aglomerações, sem que nenhuma providência seja adotada pelas campanhas.

O mais grave disso tudo é que, por causa da campanha eleitoral, tem havido muito abuso na cidade com o uso de paredões de som. Os motoristas destes  veículos usam sempre o argumento de que estão fazendo campanha eleitoral ou seguindo as carretas. E a polícia não tem feito nada apara evitar estes abusos.

Chegou a hora de as campanhas eleitorais usarem a inteligência e o bom senso para conquistar o apoio do eleitor. Importante divulgar propostas, dizer o que cada candidato pretende fazer pela cidade, sem esta gritaria infernal em que o menos que se houve são as ideias do candidato para administrar o município.

Chega de abusos de carreatas com som infernal e estrondoso, que tem causado transtorno na cidade, prejudicado o turismo, e provocado no eleitor mais reação contraria do que apoio.

Além disso, o que se tem visto em São Miguel do Gostoso é o risco de nova propagação de casos de Coronavirus (a Covid-19), causada pela aglomeração de pessoas em torno destas carreatas.