Por Emanuel Neri.
E lá se vai mais um tirano que governou um país impondo uma das mais cruéis ditaduras aos seus cidadãos. Muammar Gaddafi –ou Kadhafi, como também é grifado seu nome – está sendo enxotado do governo da Líbia por uma revolução sangrenta que começou em março deste ano. Esta semana, finalmente, os rebeldes líbios chegaram a Trípoli, capital do país, dominaram a cidade, e invadiram a fortaleza em que Gaddafi morava e governava o país com mão de ferro por 42 anos. Morreram milhares de pessoas, mas não se sabe ainda o paradeiro do ditador – ele diz que resistirá até a morte.
Quando chegou ao poder, em 1969, aos 27 anos, Gadafi despertou um certo grau de simpatia entre forças progressistas e de esquerda em todo o mundo por suas posições de independência das grandes potências. Uma de suas primeiras decisões foi a retirada das bases americanas e inglesas da Líbia. Mas esta simpatia começou a minguar quando ele comandou atentados terroristas, entre eles a derrubada de um avião da companhia americana Pan Am, no final da década de 80, na Europa, quando morreram centenas de pessoas. Ultimamente tinha o apoio de poucos líderes mundiais, entre eles o presidente venezuelano Hugo Chaves.
Forrado de petróleo e localizado ao norte da África, a Líbia –7 milhões de habitantes - não é um país pobre. Tem renda per capita de 15 mil dólares (superior à do Brasil), mas com uma diferença: lá a renda estava concentrada nas mãos de uma elite, quase toda próxima a Gaddafi. Durante seu governo, o líder líbio adotou medidas duríssimas contra os movimentos de oposição, até que começou a perder o controle do país em março deste ano, quando os rebeldes dominaram Bengazi, a segunda maior cidade do país. A Líbia é o terceiro país a ter seu governo derrubado na esteira da chamada “Primavera Árabe”, que já derrubou tiranos na Tunísia e no Egito. O próximo a cair pode ser o cruel ditador da Síria, Bashar al-Assad.
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