terça-feira, 10 de janeiro de 2012

São Miguel do Gostoso cria limite de mil metros, na área urbana, para instalar aerogeradores de eólicas

Por Emanuel Neri
Para evitar que praias e cidades tenham problemas com os limites para instalação dos aerogeradores de energia eólica, cada município tem que criar uma legislação específica – com base em lei federal – para disciplinar esta atividade.
São Miguel do Gostoso (RN) já fez este seu dever de casa. A Câmara Municipal aprovou – e o prefeito já sancionou - projeto de lei que disciplina três limites para que as usinas de energia eólica possam ser instaladas. A iniciativa protege a população e o meio ambiente.
A partir deste ano, várias usinas eólica serão instaladas no município. Algumas delas ficarão na altura da área urbana da cidade. Estão previstos pelos menos R$ 1 bilhão de investimento com energia eólica em São Miguel do Gostoso.
A lei que disciplina estes limites, de número 208/2011, estabelece três distâncias entre a faixa de praia (orla) e o início dos aerogerdores. O primeiro deles, de mil metros, vai da Ponta do Santo Cristo até o limite entre as fazendas Tourinhos e Olho D’água.
O segundo limite, de 600 metros, vai do início da fazenda Olho D’água até o início da fazenda Canto da Ilha de Cima. Por último, o terceiro limite, de 300 metros, vai da fazenda Canto da Ilha de Cima até a divisa entre os municípios de São Miguel do Gostoso e Pedra Grande.
Estes limites farão com que, no caso de São Miguel do Gostoso, as empresas de energia eólica tenham mais cuidado com áreas de interesse turístico e expansão urbana, como é o caso dos mil metros entre a Ponta do Santo Cristo e a fazenda Olho D’água. Toda a área urbana do município está nesta área.
No segundo caso – 600 metros – justifica-se pela existência de infra-estrutura (fazendas) e estrada. Já o terceiro limite, de 300 metros, foi estabelecido tendo-se como base a não existência de nenhum empreendimento naquela área.
Com estes limites, São Miguel do Gostoso evitará o que ocorre atualmente na praia de Galinhos, em que empresas de energia eólica querem instalar aerogeradores nas Dunas do Capim, um santuário ecológico e arqueológico daquela praia.
Esta delimitação para instalação dos aerogeradores responde também a dúvidas de alguns moradores de São Miguel do Gostoso, manifestadas em noBalacobaco, que temem desconforto com ruídos provocados pelas hélices dos aerogeradores.
Com a distância de mil metros da orla, que o caso de toda a faixa urbana de São Miguel do Gostoso, não haverá quase nenhum risco deste desconforto. É importante que todos os municípios adotem estas medidas, para evitar problemas com as eólicas.
Veja, abaixo, link sobre problemas que a população de Galinhos está enfrentando com a instalação de aerogeradores de usinas eólicas.
http://nobalacobaco.blogspot.com/2012/01/populacao-de-galinhos-nao-quer-que.html

5 comentários:

  1. Obrigado Emanuel por esta reportagem esclarecendo à população de Gostoso sobre os aerogeradores e suas distancias. Acho que todos da cidade deveriam ler este artigo por que caso alguém tenha alguma dúvida possamos esclarecer. Tenha certeza que muita gente que pretende vir morar ou investir na cidade está lendo o seu blog para poder se enteirar do que realmente acontece na cidade e como os moradores discutem seus problemas. Problemas vamos sempre ter, a diferença é como a população reage e se mobiliza em relação à eles. Continue fazendo esse trabalho em prol de nossa cidade. Abraço.
    G.M.

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  2. Discordo plenamente com essa Lei, uma área como a do Distrito de Reduto que tem todo aquele espaço até a praia não poder fazer um investimento desse, que só serveria mesmo para esses projetos de enérgia eólica e beneficiaria várias famílias residentes neste Município, gerando muitos empregos a população do nosso Município, agora pergunto se esses vereadores e o Prefeito tivessem terrenos naquela áreia se eles aprovariam esse projeto de lei, isso jamais aconteceria.
    Quando se elegem dizem que vão defender o interesse do povo, se for assim estão mesmo fazendo com que o Município cresça e tenha mais empregos aos moradores do Município.
    Júnior

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  3. Concordo com o G.M.---Emanuel,voce está contribuindo com o nosso desenvolvimento e espero que assim continuemos para o bem da humanidade e para os que reclamam sugiro que leiam mais a respeito do nosso municipio para poder trazer alguma opinião que ajude.


    Josicléia

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  4. O nosso Município é muito carente, parece é que você não sabe da nossa realidade, só pode ser um desses que estão chegando agora, querendo dar as suas opiniões como se fossem filhos desta terra para conhecer os problemas que nela existe, a área citada no Distrito de Reduto, é totalmente diferente de Galinhos, jamais iria prejudicar os moradores, e consequentemente trazendo benefícios a toda a população, sou daquí de Gostoso, e duvido que você conheça mais desta terra de que Eu.
    " A maioria das pessoas fala e faz coisas sem consciência de como isso pode estar atigindo a outros.Não por Egocentrismo, mas porque vivemos num mundo em que cada um tem que cuidar de se mesmo, nossa sociedade impoê essa forma de Sobrevivência."
    Júnior

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  5. Júnior, somos todos filhos da terra porque nascemos num lugar chamado Brasil e de qualquer lugar nesse país podemos emitir opinião e fazer dele um pais melhor. Por acaso nasci em Gostoso e pelo que sei meus avós também já eram daqui. Para mim quem mora aqui e paga seus impostos tem o direito que quiser de dar opinião porque tem um pedaço de terra aqui. Para falar a verdade, quem realmente é nativo e dono de todas as terras do nosso Municipio eram os indios que aqui habitavam. OU alguém acha que o português pagou as terras que eram do indios. Não só não pagou como mataram todos. Minha irmã é daqui mas vive em São Paulo, como ela tem a casa dela lá ela é dona de um espaço lá e deve ser respeitada como qualquer paulistano.

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