segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Caso da jovem que desapareceu repercute muito; família da casa de onde ela saiu nega discriminação

Por Emanuel Neri

Poucos artigos publicados neste blog tiveram tanta repercussão como o que atribui a preconceito o desparecimento por algumas horas, em São Miguel do Gostoso, no último dia 25 de novembro, de uma jovem com Síndrome de Down. O texto recebeu muitos comentários e causou questionamento de familiares da casa onde estava esta jovem, antes de desaparecer. Segundo eles, não houve discriminação contra a jovem.
O objetivo do noBalacobaco, ao divulgar este fato, foi fazer um alerta aos pais para que orientem seus filhos a não praticarem nenhum tipo de discriminação, seja contra pessoas com deficiência física ou mental, idosos, negros, gays ou qualquer outro tipo de diferenças. O único foco do texto foi este: jovens conviverem com as diferenças, sem manifestarem surpresas e qualquer tipo de preconceito.
O artigo em questão partiu de um fato real. A jovem desaparecida afirmou para várias pessoas que saiu da casa em que estava porque se sentiu rejeitada por garotas que estavam com ela. Por causa da delicadeza do tema, o noBalacobaco adotou várias cautelas. Uma delas foi apurar a informação com cuidado e atribuir estas informações a pessoas, embora sem citar seus nomes, que tiveram contato com a jovem.
Outra cautela foi preservar e não citar o nome da jovem, dos seus familiares, da família da casa onde ela estava antes de desaparecer e tampouco das garotas que estavam com ela. O noBalacobaco conversou com várias pessoas que mantiveram contato com a jovem – inclusive do local onde ela foi encontrada – e todas afirmaram que a jovem reclamara da rejeição das outras garotas.
Mas o noBalacobaco é um veículo aberto para críticas e contestações. A família da  casa de onde a jovem despareceu afirma ter havido equívoco do artigo ao dizer que houve discriminação. Segundo esta família, em nenhum momento houve qualquer atitude de preconceito das garotas contra a jovem e que ela desapareceu ao sair da casa para ver o pôr do sol.
O noBalacobaco se colocou à disposição desta família para que ela formalizasse esta versão, seja via carta ou nota,  para que este posicionamento seja publicado neste espaço.
Este blog tem as melhores referências tanto da família da jovem que desapareceu como a da casa onde este fato ocorreu. São pessoas idôneas e respeitadas. Eventuais manifestações de preconceitos, embora sejam atos reprováveis, não são impossíveis de acontecer, especialmente entre jovens. Fatos desta natureza são facilmente contornados desde que haja uma melhor orientação a crianças e adolescentes.
É importante ressaltar que a família da jovem que desapareceu trata deste caso de Síndrome de Down da filha com absoluto cuidado profissional e afetivo. Além de conviver em um ambiente familiar de total integração, esta jovem é uma referência para pessoas que enfrentam este tipo de problema. A jovem desenvolve uma série de atividades na sociedade, o que faz com que tenha uma vida praticamente normal.

Um comentário:

  1. Quando citei que Blogueiro foi muito longe com o seu comentário em citar preconceitos, estava coberto de razão, sobre o novo comentário acima exposto, concordo com você Emanoel.

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