Por Emanuel Neri
Para quem gosta de acompanhar política, a eleição do próximo ano para a Prefeitura de São Paulo promete ser um prato cheio. Será nesta cidade em que se travará uma das disputas mais interessantes do país, com a participação de vários atores do cenário político nacional.
Lula, Dilma, José Serra, Geraldo Alckmin, Gilberto Kassab – todos pretendem influenciar na eleição de seus candidatos para administrar a maior e mais importante cidade do país. A disputa mais emocionante deve ser entre PT e PSDB, tradicionais adversários em São Paulo.
As pesquisas feitas até agora indicam que a senadora Marta Suplicy (PT) é a mais forte candidata. Tem vantagem, em média, de 14 pontos em todos os cenários pesquisados. No confronto com José Serra, que disputou a última eleição presidencial, ela venceria por 29% a 18%.
Mas vejam que curioso. Marta não é a candidata dos sonhos do Lula (foto à esquerda). Seu preferido é o ministro Fernando Hadad, da Educação, que aparece nas pesquisas com apenas 2% de preferência. Mas Lula quer fazer de Hadad o que fez com Dilma – uma “cara nova” para atrair o eleitorado e ganhar a eleição. Dilma, a exemplo de Hadad, nunca tinha disputado uma eleição.
Quando Lula lançou Dilma para presidenta, ela também aparecia com índices baixíssimos nas pesquisas – ganhou com mais de 12 milhões de votos de diferença. Para a eleição de São Paulo, Lula aparece como o grande “puxador” de votos. Segundo a pesquisa, 40% do eleitorado diz que pode votar no candidato apoiado por ele.
Os demais partidos também se preparam para a campanha. O PSDB tem vários candidatos, mas o mais falado é o deputado Bruno Covas, neto do ex-governador Mário Covas, já falecido. Serra diz que não é candidato. O PMDB deve lançar o deputado federal Gabriel Chalita, segundo mais votado na última eleição.
Outra curiosa novidade é Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central no governo Lula, que se filiou ao PSD do atual prefeito Gilberto Kassab e pode ser candidato. Kassab faz uma má administração, está muito desgastado, mas Meirelles tem visibilidade e prestígio junto ao empresariado. Dizem que teve o aval de Lula para entrar no PSD.
A eleição de São Paulo, portanto, vem por aí carregada de emoções.
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