Por Emanuel Neri
A pesquisa CNI-Ibope sobre a popularidade da presidenta Dilma em setembro, que acaba de ser divulgada, tem uma curiosidade. O Nordeste, que sempre foi um bolsão de apoio ao ex-presidente Lula –e que deu a maior vantagem de votos na eleição de Dilma, no ano passado, foi superado pelo Sul e Sudeste na aprovação da presidenta.
Enquanto a aprovação (ótimo e bom) da presidenta no Nordeste está em 50%, no Sul ela chegou a 57% e, no Sudeste, a 52%. Em 2010, o Sul foi a única região do Brasil em que Dilma (PT) perdeu para José Serra (PSDB) –ela ganhou no Nordeste e Norte/Centro-Oeste, com grande diferença, e no Sudeste, com vantagem menor.
A nova pesquisa revelou que o índice de aprovação ao governo de Dilma chega, em seu nono mês de administração, a 51% -era 48% em julho. Outros 34% consideram seu governo regular. Já a aprovação pessoal da presidenta Dilma chegou a 71% (era 67% em julho). Dilma hoje teria muitos votos que foram da oposiçãoem 2010.
A presidenta Dilma está numa fase tão favorável junto à população que sua aprovação chega a superar até mesmo à do ex-presidente Lula no mesmo período de governo, ou seja, nove meses. Se este cenário se mantiver nos próximos anos, não há dúvidas de que Dilma se reelege fácil em 2014 -e aí o PT ficará, no mínimo, 16 anos no governo. Se isso ocorrer, nunca um partido terá ficado tanto tempo no governo.
Estes 16 anos de governo do PT são oito anos de Dilma e outros oito de Lula. Se, em 2018, quando Dilma sair, Lula voltar a se candidatar, aí -com a popularidade que ele tem - são mais quatro anos quase certos de governo, podendo ser ampliado para mais quatro, se ele quiser –e a população também - sua reeleição. Neste caso, o PT pode ficar até 24 anos no governo. Será um fato inédito na história do Brasil
Eita 51% só isso, já começou a descer, é só o começo.
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