quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Cajueiro de Pirangi (RN) não para de crescer, invade avenidas e ameça residências. Idema estuda soluções

Por Emanuel Neri

Aí está um problema que não é nada fácil de resolver. O cajueiro de Pirangi, uma das maiores atrações para os turistas que visitam Natal (RN), não para de crescer e está criando a maior encrenca para moradores e motoristas que vivem e trafegam pela região. Considerado o maior do mundo -está no Guiness Book –, a árvore já ocupa uma área de 8.500m2, e continua a se expandir, sem parar (veja foto do cajueiro, acima).
A bola agora está com o Idema (Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente) do Rio Grande do Norte. O órgão está realizando projeto para adotar medidas sobre o crescimento do cajueiro, especialmente nas avenidas que passam em áreas que estão sendo ocupadas pela árvore. Quando concluído, o estudo será entregue ao Ministério Público, para ser avaliado e discutido com a população.
Ente as medidas estudadas pelo Idema, estão a construção de túneis, para que o trânsito flua por baixo de parte do cajueiro, e da construção de caramanchões – levantamento dos galhos por escoras para que os veículos trafeguem por baixo dos trechos da árvore que estão invadindo as avenidas. O cajueiro de Pirangi está entre três grandes avenidas de Pirangi, praia de grande movimento no verão.
Além das vias de trânsito, o cajueiro também ameaça invadir residências próximas à árvore. O Idema admite que pelo menos 15 residências poderão ser desapropriadas para dar espaço para o crescimento do cajueiro. Toda esta questão em torno do cajueiro divide ambientalistas e população local – um grupo quer preservar a árvore; outro pede a limitação do crescimento por meio de podas.
O cajueiro de Pirangi cresce sem parar devido a uma anomalia genética. Os galhos crescem esparramando-se para os lados, se curvam devido ao peso e ficam raízes no solo. Em seguida, estes galhos crescem para cima como se fossem troncos de um outro cajueiro. Mas não são. Estudos genéticos realizados em galhos e troncos que saem da árvore central identificam que eles são todos geneticamente iguais.
Ou seja, o cajueiro de Pirangi, apesar do seu tamanho gigantesco, é uma única árvore. Veja, abaixo, link do Portal UOL sobre o crescimento do maior cajueiro do mundo:


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