Por Emanuel Neri
O Brasil tem gerado, nos últimos anos, muitas notícias positivas. A mais recente é que a política social do governo teve um papel fundamental na redução da desigualdade social. Esta política fez com que a renda média do brasileiro crescesse 28% e a desigualdade caísse 5,6% entre 2004 a 2009.
Este novo estudo foi revelado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão ligado ao governo federal, divulgado nesta semana (a ilustração ao lado é uma obra da artista plástica Tarsila do Amaral, que retrada a desigualdade social). No período compreendido entre 2004-2009, a desigualdade na distribuição de renda entre os brasileiros, medida pelo coeficiente de Gini, diminuiu 5,6%, e a renda média real subiu 28%.
Segundo o estudo do Ipea, este crescimento na distribuição de renda foi motivada pelo maior desenvolvimento econômico e a geração de empregos. O estudo, chamado de "Mudanças recentes na pobreza brasileira", aborda as transformações sociais provocadas pela redução na desigualdade de renda de 2004 até 2009.
Outro importante dado do levantamento é que as mudanças demográficas e o lento aumento da escolaridade da população adulta também foram apontados como causas da melhora dos indicadores.
Vejam este dado também apontado pelo levantamento do Ipea: no período analisado, a parcela da população brasileira vivendo em famílias com renda mensal igual ou maior do que um salário mínimo per capita subiu de 29% para 42%, passando de 51,3 a 77,9 milhões de pessoas.
Apesar desta melhora, segundo o Ipea, ainda havia, em 2009, 107 milhões de brasileiros vivendo com menos do que R$ 465 per capita mensais. Usando os critérios para concessão de benefícios do Programa Bolsa Família, do governo federal, as pessoas com essa renda podem ser divididas em três estratos de renda: extremamente pobres, que, em 2009, tinham renda até R$ 67 mensais; os pobres, com renda entre R$ 67 e R$ 134; e os vulneráveis, com renda entre R$ 134 e R$ 465.
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