Por Emanuel Neri
Divulgado na ultima semana, o PIB (Produto Interno Bruto) do último trimestre (de abril a junho) trouxe algumas surpresas. Enquanto o crescimento foi de 0,8 em relação aos 1,2% registrado no primeiro trimestre (janeiro a março), os chamados gastos domésticos, feitos pelas famílias, continuou aquecido, crescendo 1% no mesmo período (tinha crescido 0,6% no trimestre anterior). Isso se deve ao aumento do emprego e da renda que vem se registrando nos últimos anos no Brasil. O montante gasto pelas famílias brasileira, entre abril a junho, só com gastos domésticos, foi de R$ 612,5 bilhões.
Isso significa que, apesar de algumas medidas tomadas pelo governo para frear um pouco o ímpeto de compras dos brasileiros, o consumo das famílias continua forte no país. É um bom sinal, que mostra a pujança do mercado interno brasileiro. Foi o mercado interno, aliás, que foi apontado por economistas como responsável para que o Brasil não sofresse maiores conseqüências com a crise vivida em todo o mundo, entre 2008 e 2009. Na época, o governo brasileiro reduziu alíquotas de impostos de carros e de produtos da chamada linha branca (fogão, geladeira, máquina de lavar etc), o que movimentou a indústria e a economia do país. O Brasil foi o último a entrar na crise e o primeiro a sair.
O PIB é a soma de toda a riqueza produzida pelo país em um determinado período. No segundo trimestre de 2011, a economia do Brasil cresceu R$ 1,02 trilhão. O acumulado do crescimento do PIB no ano de 2011 foi de 3,6%, mas nos últimos 12 meses (junho de 2010 a junho de 2011) foi de 4,7%. As avaliações são de que o PIB brasileiro deverá crescer este ano em torno de 4%, o que é um crescimento bem razoável, uma vez que a crise econômica voltou a ameaçar as economias de todo o mundo. Há países, principalmente na Europa, com crescimento zero, ou negativo.
Então, pelo menos até agora, estamos sobrevivendo bem a mais esta crise mundial.
E a tendência do consumo é aumentar, pois na última reunião do COPOM - Conselho de Política Monetária - a taxa foi reduzida em 0,5%. O governo Dilma já vinha se pronunciando defendendo a redução da taxa e o BACEN, mesmo tendo sua autonomia, está sob o comando de Alexandre Tombini - homem escolhido diretamente por Dilma e de sua inteira confiança.
ResponderExcluirRafael