Mudanças na feira de Gostoso são para melhor; agora chegou a vez de controlar o trânsito maluco de motos

De Emanuel Neri

E as mudanças feitas na feira pela nova administração da cidade levantaram grande polêmica em São Miguel do Gostoso. Você é contra ou a favor? As alterações na feira desafogaram a avenida dos Arrecifes, principal via local, e rua dos Dourados, segunda maior via da cidade.

Mas parte da população não gostou. Geralmente estas opiniões contrárias à mudança vieram daqueles que são sempre do contra. Qualquer mudança que seja feita na cidade é um ponto de discórdia – parece até que foi decretado o fim do mundo.

Tem gente que critica por criticar. Faz muito tempo que a população reclamava da localização antiga da feira (foto). A prefeita Fátima Dantas foi eleita prometendo mudanças na feira. E fez estas alterações. Mesmo assim, para alguns,ficou pior do que antes.

É claro que a feira não está ainda uma maravilha. Falta acondicionar melhor com gelo peixes e carnes. Falta também organizar a feira por segmentos de produtos. Ter lugar certo para frutas, cereais, verduras etc. Mas isso pode ser feito mais adiante.

Foi positiva, sim, a iniciativa da nova prefeita em mudar parte do local da feira. Os detalhes vêm depois. A Prefeitura tenta liberar verba do governo federal para fazer mais melhoramentos na feira, entre os quais espaço adequado para peixes e carnes.

São Miguel do Gostoso precisa entender que a cidade está crescendo e que precisa haver mais regras e disciplina no seu dia a dia. Organizar melhor a feira é uma obrigação da nova administração. Ninguém aguentava mais aquele “mafuá” de antes.

Da mesma forma, também faz parte deste processo de arrumação o controle do trânsito da cidade, em especial o de motos. É cada vez maior o número de motos que trafegam na cidade em altíssima velocidade. Já houve atropelamentos e acidentes.

Muitos motoqueiros já se acidentaram. Mas o mais grave é o risco que a população corre. No último sábado, durante o desfile da Banda da Ribeira pela cidade, alguns motoqueiros dirigiam em alta velocidade – algumas motos com luzes apagadas.

Em alguns momentos, motos e carros atravessavam a banda acelerando – quem não quisesse ser atropelado que saísse da frente. A coordenação da banda chegou a ameaçar parar de tocar, por entender que músicos e população corriam riscos.

Motos e carros só pararam de atravessar perigosamente a banda quando a polícia pôs viaturas para controlar o tráfego. Neste campo, São Miguel do Gostoso parece uma terra sem lei. Prefeitura e Polícia precisam urgentemente pôr ordem no trânsito.

No caso das motos, o mais grave é o “batismo” feito para que estes veículos fiquem mais barulhentos. Neste caso, o cano de escape é retirado da moto, o que aumenta muitíssimo o ruído do motor. Além do incômodo do barulho, trata-se de crime grave.

As leis de trânsito proíbem que haja alterações em veículos automotivos para que eles fiquem mais barulhentos – e isso vale para carros e motos. A pena para este tipo de crime é grave e pode resultar em prisão do motoqueiro e apreensão da moto.

Outra coisa. Pelo menos 80% dos motoqueiros de São Miguel do Gostoso não estão habilitados para dirigir motos. Outra infração grave. Sem carteira de habilitação, o motoqueiro pode ser preso e sua moto igualmente apreendida. A polícia precisa agir.

Tem mais um agravante no caso de motos. Agora os motoqueiros resolveram fazer “cavalo de pau” em cima das dunas ou em vias públicas. Quem esteve na praia do Tourinhos nos últimos dois domingos, presenciou estas arriscadas manobras de motos.

No caso do Tourinhos, as manobras são feitas na estrada que dá acesso àpraia. Além do risco de descontrole das moto, que pode provocar graves acidentes, os “cavalos de pau” destes malucos jogam poeira sobre barracas de alimentos que funcionam ali.

Quer mais uma prova da irresponsabilidade destes motoqueiros? Basta ver a velocidade com que eles passam nas lambadas que existem na cidade. Além disso, empinam a moto para trás – alto risco para o motoqueiro e quem está por perto.

Chegou a hora de parar com esta irresponsabilidade. A Prefeitura e a Polícia precisam botar ordem na cidade. Quem quiser manter suas motos “batizadas”, sem canos de escape, e dirigindo periogosamente, que arque com suas consequências.  

E as consequências para esta irresponsabilidade são prisão dos motoqueiros e  apreensão de motos. Se houver lesão a terceiros, a pena é muito mais pesada.