Por Emanuel Neri
O tema é polêmico e toda vez
que é discutido levanta opiniões a favor e contra.
Assim tem sido a discussão sobre o réveillon que empresas
organizadoras de grandes eventos, de São Paulo, querem fazer em São Miguel do
Gostoso no final deste ano. Algumas pessoas acham que a cidade não tem estrutura hoteleira e de restaurantes para suportar uma demanda que, por baixo, pretende reunir em torno de 1.500
pessoas.
Outra parte, formada por
proprietários de pousadas e de restaurantes, concordam com a proposta da festa,
desde que ela se adapte às condições de infraestrutura e ambientais de São
Miguel do Gostoso. Hoje este grupo é maioria e, com o apoio da Prefeitura local
e da Aegostoso, dão sinal verde para a realização da festa.
E os organizadores do
réveillon/2017, tendo à frente a empresa Mates, de São Paulo, flexibilizaram ao
máximo a proposta para poder realizar parte das suas festas em áreas próximas à
cidade e outra parte em um condomínio, chamado Paradise, que fica próximo ao
farol do Calcanhar, no município de Touros.
Estas empresas já realizaram réveillons semelhantes (foto acima) nas praias de Trancoso (BA), São Miguel do Milagres (AL) e na Ilha de Fernando de Noronha. Todas estas festas atraíram grande quantidade de jovens principalmente de São Paulo e outras regiões do centro-sul do país.
Mas o fato é que o “apelo”
de marketing desta festa é mesmo São Miguel do Gostoso. É esta cidade, hoje
importante polo turístico do Nordeste, que desperta interesse de empresas para
a realização de suas festas. A opção pelo Paradise é porque Gostoso não tem
condições para atender todo este público.
Na noite da última terça (4/5),
hoteleiros e donos de restaurantes de São Miguel do Gostoso se reuniram com a
prefeitura e com a Aegostoso para conhecer a proposta das empresas para esta
festa do final do ano. Uma delas é que só 800 pessoas (apenas casais) do total
de 1.500 ficariam na cidade.
Estas 800 pessoas seriam
distribuídas pelas pousadas locais, mas apenas se o proprietário destes
estabelecimentos concordarem em aceitar este público. Por exemplo: se uma
pousada tem 20 chalés, pode disponibilizar a metade para este evento. Mas tem a
opção também de não disponibilizar nenhum.
O mesmo vale para restaurantes. Dependendo de sua capacidade,
um restaurante pode vender, por exemplo, por meio de “vaucher”, 20 ou mais
refeições para almoço ou jantar. Mas isso fica a critério de cada
estabelecimento. Se ele quiser, não vende nenhuma refeição para o grupo.
Havia informação de que os dois grupos empresarias - a Mates e a New Fun -, que estavam
disputando a festa em São Miguel do Gostoso, se juntaram para organizar um único
evento. A New Fun nega. Mas é fato que a base desta festa será mesmo o condomínio Paradise, no Farol do
Calcanhar. Ali será montada estrutura de alimentação para atender o público da
festa.
As festas noturnas, inclusive
as com música eletrônica, serão no Farol do Calcanhar. Mas as empresas
pretendem fazer festas diurnas em São Miguel do Gostoso. Mas nenhuma delas será
na beira da praia. Provavelmente serão alugadas propriedades para que estas
festas possam ser realizadas ali.
Vejam a programação das festas.
Em áreas próximas a São Miguel do Gostoso, sempre durante o dia, haveria festas
dia 28 de dezembro, outra no dia 30, com samba e feijoada, e duas outras,
sempre com músicas brasileiras, nos dias 1 e 2 de janeiro. As outras festas, noturnas,
como o réveillon, serão no Farol do Calcanhar.
Alguns terrenos estão sendo
vistos para a realização de festas em São Miguel do Gostoso. Um deles é uma
área de propriedade de uma paulista que fica na estrada que liga Gostoso ao
distrito do Reduto. Outra é uma arena de festas da família Venâncio, na estrada
do Nogueira, continuidade da rua dos Dourados.
Mas estas festas podem ser também em bares urbanos da cidade,
sempre se seus proprietários aceitarem vender seu espaço para estas festas. O
evento também quer prestigiar o comércio local, comprando gêneros alimentícios em
supermercados, e disponibilizar ônibus para o trajeto entre a cidade e o Farol
do Calcanhar.
Os organizadores da festa pretendem
vir a São Miguel do Gostoso no final de maio ou início de junho. Eles vão
detalhar a capacidade que pousadas e restaurantes podem disponibilizar para o evento.
Pretendem comprar dois tipos de pacotes em pousadas – um que vai de 26/12 a 2/1
e outro de 28/12 a 2/1.
Como vocês podem ver, não há
intenção de fazer festas na Ponta do Santo Cristo ou em outras áreas de praia, para
evitar impacto ambiental principalmente em relação a ninhos de tartarugas. Os organizadores da festa prometem fazer outra evento na cidade, na baixa estação, patrocinada por uma grande marca de produtos esportivos.
No link abaixo, post anterior deste blog sobre as festas de réveillon
que estas empresas querem realizar em São Miguel do Gostoso.
Teve algum voto para afirmar que a maioria das empresas concordem com esse evento??
ResponderExcluirAcho muito bem este estilo de evento, no entanto a data do evento é , e na minha opinião completamente despropositada, Se já começam a apareçer interessados em alugar no fim do ano. Se todos sabem que é data de esgotar dormidas e comida, qual a lógica de organizar algo nesta data?
ResponderExcluirse a proposta fosse para uma data entre abril/ Setembro isso era maravilha. Assim estou completamente contra.
"Outra parte, formada por proprietários de pousadas e de restaurantes, concordam com a proposta da festa"
ResponderExcluirtodo mundo sabe que isso não é bem a realidade! A festa iria acontecer em Touros e SMG ficou apenas com a batata quente na mão!
Grande exemplo de falta de democracia e falta de visão mas esperamos que os verdadeiros empresários e visionarios façam suas escolhas certas ,
ResponderExcluirGrande exemplo de falta de democracia e falta de visão mas esperamos que os verdadeiros empresários e visionarios façam suas escolhas certas ,
ResponderExcluirO Terreno das paulistas nas Carnaúbas, locais onde estão maior parte de desova das Tartarugas.
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