Por Emanuel Neri
São Miguel do Gostoso entrou
definitivamente no foco da mídia. Hoje a cidade é bastante conhecida tanto no
país como em alguns países. Mais que isso, a cidade está também no alvo de
empresas produtoras de festas que querem realizar aqui grandes eventos, a
começar pelo próximo réveillon.
Na última terça-feira (12/4), dois grupos
de empresas, ambas de São Paulo, se reuniram com representantes da Prefeitura,
Câmara Municipal e AEGostoso, a associação de empreendedores de São Miguel do
Gostoso e outros setores produtivos locais, como o da agricultura. Ambas as reuniões foram no Centro de Cultura – uma à tarde e a outra à
noite.
Estas duas empresas, com
propostas semelhantes, foram atraídas pela visibilidade que São Miguel do
Gostoso está tendo na mídia. E por este motivo pretendem realizar seus réveillons e outras festas
na cidade. As empresas trabalham com público classe A e querem fazer festa para
até 1.500 pessoas.
As empresas procuraram a
Prefeitura para que ela autorizasse suas festas. Mas a prefeita Fátima Dantas
pediu que sua secretária de Turismo, Janielle Linhares, coordenasse a escolha
junto com a Câmara Municipal e a AEGostoso. A Prefeitura quer saber se os empreendedores
querem a festa na cidade.
A pergunta que se faz é a seguinte:
São Miguel do Gostoso tem condições de suportar um evento para até 1.500 pessoas
no final do ano, período de altíssima estação e quando a cidade está sempre muito
cheia? Pousadas e restaurantes da cidade
têm condições de receber todo este público?
A discussão com estas duas
empresas foi intensa e demorou várias horas. Elas concordaram em respeitar
normas da cidade, como a proteção a tartarugas marinhas e evitar barulho
excessivo e trânsito na orla urbana. Por este motivo, eles concordam em fazer
suas festas em local que não seja na orla.
No final da reunião, decidiu-se
criar uma comissão para analisar as propostas das duas empresas e dar uma
resposta sobre a viabilidade da festa e regras para a sua realização. Esta comissão,
que será crida pela Prefeitura, terá participação de membros da AEGostoso,
Câmara, além da própria Prefeitura.
Estas duas empresas prometem trazer
a São Miguel do Gostoso cantores nacionais para a realização de shows. Pretendem
montar grande estrutura na cidade para dar suporte aos seus clientes, inclusive
com serviços médicos e de segurança, e querem alugar casas para poder hospedar todo
o seu público.
Outras propostas destas
empresas é apresentarem espécies de contra-partidas para ações de Prefeitura e de ONGs locais no
campo social e ambiental. Uma das promessas é a de que terão o máximo cuidado
com a preservação ambiental e com o lixo produzido nos locais da realização das
festas.
Agora vejam quem são estas empresas que querem realizar seus réveillons
em São Miguel do Gostoso.
Uma delas é formada pela Mates e Grupo 8 (GRP8), de São Paulo,
e mais a Ultrapromo, cujo proprietário, Júnior Fofão, é de Natal e organiza
eventos em todo o RN. Júnior é amigo de Beto de Agostinho, presidente da Câmara
Municipal de São Miguel do Gostoso, que também trabalha com eventos.
A outra empresa é formada
pela New Fun, de São Paulo, em parceria com o Grupo 800, de Goiânia (GO) e a
Hemotion, de Herculano Júnior, de Natal. Herculano realiza grandes festas em
Natal como a White Party, em Pirangi, e a Festa Paradiso, que é realizada em
Brasília e na praia de Trancoso (BA).
Réveillons semelhantes, com
participação de algumas destas empresas, foram realizados na ilha de Fernando
de Noronha (PE), e nas praias de Trancoso (BA) e São Miguel dos Milagres (AL, foto acima). Não
há dívidas de que festas deste tipo trazem investimento e dará grande
visibilidade de mídia a São Miguel do Gostoso, fazendo com que o turismo local
cresça ainda mais.
Mas é necessário prudência e
pé no chão para decidir se São Miguel do Gostoso tem mesmo condições de
comportar uma festa deste porte. Quem vai dar a palavra final é a comissão
criada para analisar a proposta das empresas – ou seja, se vai mesmo ter a festa
e qual das duas empresas será a escolhida.
Parabéns por informar de forma imparcial!! Ao ouvir falar da festa tive duvidas sobre o impacto social e ambiental de um evento desse porte e acho que a palavra chave é essa prudencia e pé no chão, Torcendo para que seja bom para todos! E agora vou com suas informações irei pesquisar um pouco mais sobre as empresas e eventos anteriores, creio que é de curiosidade de muitos saber o que houve nas cidades antes, durante e após esses eventos. E que venham boas noticias!!!
ResponderExcluirÉ bem interessante a proposta, mas acho que a cidade ainda não está preparada pra esse tipo de evento, vai faltar acomodação pra esse tipo de público, o problema de falta de água, ruas escuras pouca iluminação ....
ResponderExcluirQuem escolhe a cidade para o final do ano quer esporte e, depois dele, sossego. Costumam voltar todos os anos. Enquanto que estas empresas querem somente resultado econômico. Se não o obtiverem, não voltam mais. Assim a cidade perde turistas de alta temporada e os organizadores destes eventos.
ResponderExcluiré um prestigio ter hospedes fieis para a alta temporada. É um prestigio ter sido escolhidos por essas duas empresas para fazerem a festa de revellion. não vamos misturar as duas coisas. SUCESSO não é PRESTIGIO.
ResponderExcluirO sucesso é passageiro, o prestígio é outro assunto. O prestigio persiste depois da gente. É preciso trabalhar para não ter trabalhado em vão.
Comissão, lembre-se que no réveillon São Miguel do Gostoso está cheia de turistas e não comporta tanta gente, além dos seus turistas. A cidade pode se queimar. Assim o que pode parecer sucesso, pode se transformar em queimação pro turismo da cidade. O ideal era que essas festas acontecem em outra época, que não o réveillon
ResponderExcluirCom certeza nossa cidade tem todas as condições de receber estas festas, hoje nós temos um bom comercio, muitas pousadas, restaurantes e sem falar muito espaço para realização de festas, a realização desses eventos só faz com que cada dia a nossa cidade se desenvolva mioto mais e consequentemente todos ganharão financeiramente.
ResponderExcluirNa minha opniao eu acho que este tipo de evento nao ira' trazer beneficio se nao para poucos. Ira' faltar agua , as ruas ficarao cheias de lixo , teremos ainda mais problemas de segurança e sem contar que as praias ficarao lotadas de carro. Porque tudo o que citei ja sao problemas que temos hoje imagina com uma super lotaçao da cidade . Primeiro se resolvem problemas estruturais e depois faz -se eventos deste tipo. A nossa cidade nao esta preparada para receber isso . Uma pergunta , alguem ja esteve em uma destas cidades durante e apos estes eventos ?
ResponderExcluirSeria interessante entrar em contato com alguém dessas cidades pronome já passaram essas festas e escutar a opinião deles a respeito
ResponderExcluirsou totalmente contra a essas festa grande acho que Gostoso ainda é um lugar pra descansar de férias com familia ,um evento desse vai trazer muita gente e muito barulho não gosto acho que a prefeitura deve manter a cidade calma com eventos culturais voltado pra educação como a amostra de cinema que pra mim´é fantástico um evento sem violencia
ResponderExcluirGostoso precisa eliminar a dengue Zica chikunkunha que está deixando toda população doente e deixar as festa pra depois
ResponderExcluirQuero parabenizar a sociedade de Gostoso, por abrir este debate e discutir o processo e modelo de desenvolvimento. Adoro esse mecanismo de interação social, empresarial e desenvolvimentista que o município realiza. Automaticamente vai se criando uma cultura de desenvolvimento própria, sem importações de modelo e acima de tudo, envolvendo os interesses locais. O mundo hoje vive a realidade, pensar global, mas agir localmente. Nem todo sucesso é qualitativo. Um passo, uma respirada. Outro passo, outra respirada. E assim continuaremos tendo ar e fôlego para caminhar. Parabéns. RÔMULO ALVES- RIO DE JANEIRO-RJ
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