Por
Emanuel Neri
A
história que se segue é muito interessante e mostra as
voltas que a vida é capaz de dar. No dia 16 de janeiro de 1970, uma jovem
mineira, chamada Dilma Vana Rousseff, então com 22 anos, foi presa por
militares, em São Paulo.
Esta
jovem fazia parte de organizações políticas de
esquerda – em sua maioria formada por estudantes e sindicalistas - que lutavam
contra a terrível ditadura militar que
se instalou no Brasil em 1964 e que se estendeu até 1985.
Durante
três anos, a jovem mineira (veja sua foto, na prisão) foi barbaramente torturada nos
porões de presídios da ditadura militar. A democracia no Brasil foi restabelecida
em 1985 e só em 1989 houve a primeira eleição pós-ditadura para presidente da
República.
Pois
40 anos depois esta jovem tornou-se a primeira
mulher a presidir o Brasil e é a chefe suprema das Forças Armadas, que
abrigaram na ditadura os militares que a maltrataram violentamente em prisões
de São Paulo, Rio e Minas.
A
história da tortura de Dilma Rousseff, que já era do
conhecimento dos brasileiros, apareceu com muito mais detalhes esta semana na
imprensa, via Correio Braziliense. Gaças à Lei de Acesso à Informação, foi divulgado depoimento que ela prestou em 2001.
Durante
os três anos em que esteve presa, Dilma sofreu as
piores humilhações a que um ser humano pode ser submetido. Recebeu choques
elétricos, foi pendurada no “pau-de-arara”, apanhou com palmatória e levou
socos no rosto.
“Encarei a morte e a solidão”, disse Dilma, no
depoimento de 2001, prestado a órgãos de Direitos Humanos. “Lembro-me do medo
quando minha pele tremeu”, afirma. Dilma sofreu graves hemorragias internas por
causa das torturas.
Em
uma das sessões de torturas, um militar deu um soco tão
violento, em seu rosto, que chegou a afetar sua arcada dentária. Um dos dentes
ficou torto e apodreceu. Algum tempo depois, recebeu um novo soco na boca e o
dente caiu.
Mas
um dos piores momentos vividos por aquela jovem – bonita
e vaidosa – foi quando enfrentou uma encenação de fuzilamento. “Você vai ficar
deformada e ninguém vai te querer”, disse o torturador. “Você vai virar
presunto”, afirmou.
Depois
que estes dados vieram à tona, na semana passada,
Dilma relembrou para jornalistas sua sofrida história com a mesma coragem com
que enfrentou seus torturadores. “Nem ódio, nem vingança, mas tampouco perdão”,
afirmou.
A
impressionante história desta mulher – que hoje ocupa o
cargo mais poderoso do Brasil e é uma das líderes políticas mais importantes do
mundo – está contada em seu depoimento de 2001, que você pode ver nos links que
seguem abaixo.
É
relevante ler este depoimento para se ter
conhecimento da incrível história desta mulher que, depois de sofrer horrores
nas prisões militares, tornou-se presidenta do Brasil – e é bastante admirada
pela grande maioria dos brasileiros.
É
importante também que este depoimento sirva de alerta à
sociedade para que se fortaleça cada vez mais a democracia brasileira e que
anos tenebrosos, como foram os da ditadura militar, jamais voltem a se repetir
no Brasil.
Ditadura
nunca mais.
Veja,
nos links abaixo, da Folha, o emocionante depoimento de Dilma Rousseff:
Boa tarde Manuel sou de são miguel e estou aguardando por noticias de são miguel através do seu blog, pois para nós q moramos em uma cidade pequena e queremos dar opião e saber o q estar acontecendo na politica principalmente. Nos enforme porfavor obrigado.
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