Por
Emanuel Neri
Fala-se
muito de heranças do governo Fernando Henrique, que
governou o Brasil entre 1995 e 2002. Lula fala de uma “herança maldita” na
economia e em outros setores do governo. Mas uma herança curiosa, do ponto de
vista estético, é consequência do apagão elétrico, que ocorreu entre 2001 e
2002.
O
apagão elétrico, que deixou na lona o crescimento
brasileiro e causou prejuízos ao país de R$ 45 bilhões, trouxe também as
famigeradas lâmpadas econômicas (foto), de cor branca leitosa, que substituíram as
lâmpadas incandescentes, com uma luminosidade mais amarelada, mas que consomem
mais energia.
As
lâmpadas econômicas viraram uma praga durante o apagão
elétrico. Quem queria economizar energia – e isso era obrigatório, sob risco de
penalização para quem não reduzisse o consumo – usava as malditas lâmpadas
brancas nas suas casas. A luz branca muda a cor das pessoas – parece até luz de
hospital.
Há
até uma versão destas lâmpadas econômicas de
tonalidade amarela – com a luminosidade mais semelhantes à lâmpada incandescente,
de luz mais quente -, mas o que prevaleceu mesmo foram as lâmpadas brancas leitosas, de luz fria, cujo efeito
é horroroso. Até hoje estas malditas lâmpadas iluminam residências e ruas no
Brasil.
Na
época do apagão elétrico, havia quem comparasse estas malditas
lâmpadas econômicas à luz de filmes russos - que têm luz chapada, sem nenhum requinte, onde os atores pareciam mais pessoas
sem vida, mortas. Uma luz de profundo mau gosto. Pois o pior é que, no Brasil, estas
lâmpadas vieram para ficar.
Tudo
bem que as pessoas queiram economizar energia. Mas pelo
menos usem lâmpadas econômicas de tom amarelado.
O apagão elétrico do governo FHC foi um pesadelo e o país quer mais é esquecer aquele período.
Mas a constante presença destas lâmpadas econômicas brancas em tudo quanto é canto no Brasil vai sempre lembrar daquele
triste apagão.
Veja,
nos links abaixo, informações sobre o apagão elétrico.
Nunca entendi porque essas malditas lâmpadas frias se tornaram tão populares no Brasil, tampouco porque são referidas como "luz branca" quando na verdade 6400K combinado com péssimo IRC puxam as cores para o azul, fazendo a sua casa mais parecer um ambiente hospitalar. Agora com LEDs há mais opções além dos 2700K e 6400K, mas por incrível que pareça a maioria que vemos nas prateleiras são de 6400K. Parece-me que o mal gosto está introjetado na cabeça desse povo. Quando perguntamos pelas "amarelas" (2700K) quase somos tidos como alienígenas. Nos EUA, por exemplo, quase não se ouve falar em luz fria em residências e, quando é o caso, usa-se de até de 5000 Kelvin. 6400K não é usado em residências, e sim ambientes comerciais, hospitalares, etc.
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