domingo, 4 de junho de 2017

Congresso aprova PEC das vaquejada. Defensores dos animais vão pedir a STF que poiba prática novamente



Por Emanuel Neri
OK, todo mundo sabe que a prática de vaquejadas, principalmente no Nordeste brasileiro, é uma atividade cultural. Mas ocorre que, nem tudo que é cultural é isento de ações judiciais que proíbam esta prática pelos maus-tratos e crueldade contra os animais envolvidos (bois e cavalos).
Só para efeito de comparação.  As touradas, muito tradicionais em países ibéricos, em especial na Espanha, também é uma prática cultural. No entanto, a crueldade que este tipo de atividade esportiva (?) causa aos animais está levando estes países a rever seus conceitos culturais.
A tourada, em regiões da Espanha, como a Catalunha, onde está a importante cidade de Barcelona, já foi proibida. Ali a prática da morte lenta do boi, que é atacado mortalmente pelo toureiro, com o uso de espadas e lanças, o animal fica sangrando até morrer. Pois isso já não pode mais ser realizado. 
E as vaquejadas do Brasil, em especial no Nordeste, como ficam?
Em outubro de 2016, com base no artigo 225 da Constituição brasileira, o STF (Supremo Tribunal Federal), proibiu a prática de vaquejadas em todo o território nacional. O entendimento do STF é o de que o artigo 225 proíbe crueldade contra animais. Por isso, as vaquejadas foram proibidas.
Depois desta decisão do STF, ocorreu um Deus nos acuda entre empresas que promovem vaquejadas no Nordeste  - algumas movimentando milhões de reais – e associações de vaquejadas e de proprietários de animais, como cavalos. A pressão foi tanta que levou o Congresso a rediscutir este tipo de prática.
Proposta de Emenda Constitucional (PEC) foi apresentada no Congresso suavizando a prática das tais vaquejadas. Na prática, a PEC diz que não são consideradas “cruéis” práticas desportivas que utilizam animais, desde que as vaquejadas sejam consideradas como bem cultural imaterial.
Pois bem, tudo foi feito em perfeito acordo com o atual presidente, Michel Temer, que desde o ano passado governa o Brasil depois de um “golpe parlamentar” que afastou Dilma Rousseff do governo. Temer considerou em 2016 vaquejadas e rodeios – outra prática cruel contra animais – patrimônios imateriais.
No último dia 31 de maio, a PEC da Vaquejada foi aprovada em segundo turno. Agora o Congresso terá que aprovar projeto de lei que regulamente a prática da vaquejada e que assegurem bem-estar aos animais. Uma das medidas é o uso de “rabos artificiais” para evitar que a cauda natural do boi seja arrancada.
É muito comum que, na derrubada do boi, a cauda do boi seja arrancada devido à extrema força usada pelo vaqueiro para derrubar o animal. Geralmente este “rabo” do animal é usado como troféu pelo vaqueiro autor desta cruel façanha. Organizadores de vaquejadas dizem que isso já é proibido.
Outra medida que terá que ser regulamentada para atenuar a crueldade das vaquejadas é o uso de esporas nos cavalos. A espora é usada pelos vaqueiros para que o cavalo corra mais e ajude na derrubada do boi. Também serão montadas bancos de areia para amenizar maus-tatos do boi durante a queda.
Apesar da aprovação da PEC, a luta de defensores de animais não vai parar por aí. O Forum Nacional de Defesa Animal já anunciou que entrará com nova ação no STF para proibir novamente as vaquejadas.  Defensores dos animais dizem que, apesar de eventuais mudanças, a prática continua cruel para bois e cavalos.
No Brasil são realizadas em torno de quatro mil vaquejadas, principalmente no Nordeste. Muitas delas são acompanhadas de shows de forró, mobilizam prêmios altíssimos para vaqueiros e empregam muita gente. Até São Miguel do Gostoso realiza vaquejadas, com os mesmos problemas aos animais de outras regiões do país.
Para os integrantes de órgãos de defesa de animais, a luta vai continuar porque a crueldade contra animais será apenas atenuada. O objetivo é fazer com que o STF, em novo julgamento, proíba definitivamente a prática de vaquejadas, a exemplo do que foi feito com as touradas em algumas regiões do Espanha. 
Vamos aguardar então os próximos capítulos desta guerra dos organizadores de vaquejadas contra entidades de defesas de animais. Mas que, acima de tudo, nesta luta está a defesa pelo fim da crueldade causadas a animais pela prática das vaquejadas. E os defensores dos animais se armam com novos cartazes nas redes sociais (veja foto acima) contra vaquejadas.
Abaixo, links com reportagens e repercussões sobre a PEC que voltou a aprovar a prática de vaquejadas.

11 comentários:

  1. Eu sou nativa daqui de Gostoso. Espero que acabem com essa crueldade da vaquejada que maltrata tanto os animais, é muito cruel. E cultura do nativo não pode ter crueldade. Já basta o povo fazê maldade e envenena gato e cachorro aqui.

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    1. FILHA ESSE TEMA É NACIONAL, NÃO É UMA COISA SÓ DE GOSTOSO NÃO. ESSA COISA DE NATIVO COM QUEM É DE FORA É UM SACO VIU...

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  2. Sou contra a vaquejada acho um crime com esses animais

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  3. É visível na escola Ana Ribeiro o grande número de funcionários contratados serem da cidade de Touros. Prefeito Renato falou tanto sobre isso e até condenava essa atitude das gestões passadas e hj comete os mesmos erros dar pra entender que aqui em gostoso não se tem pessoas capazes de assumir alguns cargos. Ou esses contratos são trocas de favores ou aqui em gostoso não tem pessoas capazes de assumir o cargo de professor.

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  4. Renato já é conhecido como o prefeito de dois meses. Kkk por que o tempo de serviço prestado dos seus eleitores será só de 2 meses kkkkk e dalé 55 kkkk

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  5. Se os secretários não sabem nem escrever, imagina os pretendentes a professores dá base aliada do prefeito.kkkkk

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  6. Acho que não está tudo lindinho não!! Já vão pagar os contratos dia 10. E olha que ainda estamos na metade do ano, imagina isso lá pra setembro...

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  7. Tem filhos no Ana Ribeiro e lá vi vários professores de Touros não entendi porque acho que é porque aqui não tem gente capacitada pra dar aula né sr prefeito? A população quer saber

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  8. Sou contra ao maus trato dos animais daqui de Gostoso e vaquejada
    Clébia

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  9. Peço ao secretário de educação que melhore a merenda da escola Ana Ribeiro porque os alunos não aguentam comer biscoitos creme craque

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  10. O prefeito já começou a aprontar kkkkk as tradicionais festas locais não irão acontecer kkkk não haverá são João, nem Bossa e jazz nem amostra de cinema. Enfim tudo que ele dizia na campanha que iria fazer não está fazendo kkkk acho é bommmmmm kkkkk

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