Por Emanuel Neri
Assim como o médico tem por
obrigação cuidar da saúde da população, o jornalista – ou pelo menos aqueles
comprometidos com a verdade – é obrigado a divulgar notícias, verdadeiras, para
seu público leitor.
O noBalacobaco sempre esteve comprometido com o futuro de São
Miguel do Gostoso (foto). E por este motivo decidiu tratar de um tema que diz respeito
à futura gestão do município, seja qual for o candidato eleito – Miguel
Teixeira ou Renato de Doquinha.
Na última quinta-feira (29/9), o Novo Jornal, de Natal, trata da campanha eleitoral de São Miguel do
Gostoso na coluna do jornalista Gerson de Castro. São duas notas publicadas. O noBalacobaco resolveu reproduzir estas notas por entender que elas
tratam de assuntos de interesse da população de São Miguel do Gostoso.
Primeira Nota, com o título DIFERENCIAL.
“A campanha em São Miguel do Gostoso, considerado um dos maiores promissores
destinos turísticos do litoral, ganhou um componente novo: um conhecido
empresário do setor imobiliário da capital estaria investindo em um dos
candidatos para tentar conquistar o comando da Prefeitura local. O objetivo é
conquistar apoio para garantir uma revisão no Plano Diretor e abrir caminho
para atrair novos investimentos imobiliários”.
Segunda nota, com o titulo ESTRATÉGIA.
“A adoção desta estratégia pode até resultar em vitória a curto prazo, com a
pesada influência do capital investido numa campanha eleitoral que antes
parecia restrita aos interesses dos cidadãos de São Miguel do Gostoso. Mas,
fazer valer interesses empresariais na discussão da futura versão do Plano
diretor é outra batalha, ainda maior. Em plena era das redes sociais,
equivaleria abrir caminho para uma nova Operação Impacto no litoral Norte do Estado.”
Este blog não vai citar o nome do candidato ao qual o Novo Jornal está se referindo. Mas é
fato que as notas acima valem como alerta – daí a importância da reprodução da
notícia neste espaço. A população de São Miguel do Gostoso tem que ficar muito
atenta para este tipo de questão.
O Plano Diretor de São
Miguel do Gostoso foi aprovado depois de uma longa luta. Além dos vereadores e
da Prefeitura, setores da sociedade tiveram atuação importante para que a cidade tivesse seu Plano
Diretor. Antes, por um cochilo da gestão anterior (Miguel Teixeira), o Plano passou pela Câmara,
mas não foi publicado no Diário Oficial.
Por causa disso, São Miguel
do Gostoso passou vários anos sem ter seu Plano Diretor. E isso representou um enorme atraso
para a cidade. Sem um Plano Diretor, a cidade cresceu de forma desordenada. É esta
lei que regula o crescimento urbano que vai direcionar a cidade a crescer e se desenvolver de
forma planejada e organizada.
Independentemente de quem ganhar
a eleição, o atual Plano Diretor tem que ser mantido. Mudanças só para melhorar o que
existe hoje. Jamais mudar para atender a interesses externos - leia-se, imobiliários. São Miguel do Gostoso tem que crescer com pé
no chão – jamais para atender interesses de empresários do setor imobiliário.
Dito isso, só mais uma questão. A legislação eleitoral
proíbe doações de empresas para campanhas eleitorais. Estão proibidas doações
de pessoas jurídicas – só pessoas físicas podem colaborar com candidatos. Pergunta:
como então empresa do setor imobiliário está financiando campanha local?
Se for provado que empresa ou pessoa jurídica financiou, direta ou indiretamente, determinada campanha eleitoral, há riscos de o candidato beneficiado ser impugnado pela Justiça Eleitoral, mesmo que já tenha sido eleito.
O fato é que a população de São Miguel do Gostoso tem que ficar
muito atenta a interesses externos no futuro da cidade. Cabe à população
decidir como a cidade tem que fazer para continuar se desenvolvendo, sem perder
as características que tornaram famosa e atrativa para os turistas.
Este é o desafio com que São
Miguel do Gostoso tem que se preocupar diante da nova administração, cujo prefeito
se elege neste domingo, 2 de outubro, e a gestão se inicia a partir de 1º de
janeiro. O alerta está dado. Todos tem que ficar muito atentos a eventuais manobras para alterar o Plano Diretor em benefício do setor imobiliário.
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