segunda-feira, 25 de julho de 2011

Uma grande estrela, mas passageira


 Lembro como se fosse hoje do último -e único - show que vi da Amy Winehouse. Foi em Recife, em janeiro deste ano, durante a turnê que ela fez ao Brasil. Estava de férias, em São Miguel do Gostoso, e queria muito ver este show. Então era mais fácil vê-la em Recife. O show, num centro de convenções, foi movimentadíssimo, com gente de todos os Estados do Nordeste. E não foi nada de decepcionante, como dizem alguns críticos de música. O show foi emocionante, bem no estilo Amy Winehouse: teve alguns trechos de música esquecidos e até uma queda dela no palco -mas ela levantou rápido, e o público a aplaudiu.
Saí deste show com uma grande dúvida. Não sabia se os tombos -inclusive o que ela foi ao chão - era resultado de excessos com bebida alcólica, drogas ou simplesmente parte da mise-en-scène da cantora. Falei isso com alguns amigos, que também tinham visto o show --e todos tinham a mesma dúvida. Outro dia ouvi um comentário de que o público aplaudia seus tombos porque se deliciava com os supostos desajustes da cantora -era como se fosse uma ode ao espetáculo da desgraça. Discordo. Acho que os shows de Amy Winehouse podiam ter álcool, drogas, mas tinha também excesso de energia e genialidade.
Durante seu show, além de uma voz estilo soul belíssima, letras e músicas interessantíssimas, Amy Winehouse rodopiava sem parar, e muitas vezes caía --o álcool e a droga deviam, claro, contribuír para isso. Mas isso são apenas detalhes. O que conta é que Amy Winehouse fez, pelo menos em Recife, um belíssimo show, daqueles que vão ficar sempre na memória de quem a admirava. Era sem dúvida uma grande estrela, embora passageira -como são tantas as estrelas geniais da arte e da música.

Um comentário:

  1. Sem dúvida uma brilhante estrela que vai deixar saudades!
    Gabi

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