segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Fotos em exposição no Iasnin revelam emoções e sonhos de moradores de São Miguel do Gostoso



Por Emanuel Neri
Já imaginou o rosto de dezenas de pessoas que vivem em São Miguel do Gostoso em uma exposição de fotografia feita por fotógrafos profissionais?
Pois é exatamente isso que você vai ver na exposição que será realizada entre os dias 24 e 25 de janeiro, entre 14 e 21h, no Iasnin (Instituto de Ação Social Nilo e Isabel Neri), no centro de São Miguel do Gostoso.
São 60 fotos de pessoas que moram na cidade e que serviram de modelo para fotógrafos de pelo menos dez estados brasileiros.
O projeto, que tem o apoio da Pousada dos Ponteiros, foi iniciado em 2015. O fotógrafo profissional Wellington Fugisse escolheu São Miguel do Gostoso para um curso de fotografia que captasse a “alma da cidade”. De lá para cá, foram 11 turmas de fotógrafos que exercitaram sua técnica fotografando personagens locais.
Tem de tudo nesta reveladora exposição de fotografia.
Pescadores conhecidos da cidade, agricultores, mães com seus filhos no colo (foto acima), rendeiras e até a Manuzinha Melo, a Manu da Cocada, que ajuda a família vendendo cocadas na cidade. As lindas fotos feitas por Fugisse e seus alunos levaram a Intertv Cabugi (Globo de Natal) a fazer uma reportagem especial sobre o sonho de Manu de se transformar em modelo fotográfico.
Com a reportagem, Manu da Cocada emocionou muita gente. Sua história ficou conhecida no Rio Grande do Grande do Norte e no Nordeste.
Assim como Manu da Cocada, você vai reconhecer muitas outras pessoas da cidade que passaram pelas lentes dos alunos de Fugisse. “Ao fotografar moradores, os nossos fotógrafos ampliaram sua percepção de beleza que existe na simplicidade”, afirma Fugisse.
Segundo o fotógrafo que está organizando esta exposição do Iasnin, São Miguel do Gostoso foi escolhida para ser a sede do seu projeto, chamado Arte de Viver, “por ser um ambiente favorável à reflexão. O lugar é calmo, sereno e muito belo”, diz Fugisse.
Desde o início do trabalho de Fugisse, em 2015, os cursos de fotografia são realizados na Pousada dos Ponteiros. Os alunos tem inicialmente aulas teóricas. O passo seguinte, as aulas práticas, incluem fotografias de ambientes internos e externos da pousada.
Depois, estes fotógrafos saem em busca de personagens nas praias ou nas ruas de São Miguel do Gostoso. O resultado é sempre muito bom.
O resultado deste trabalho é belíssimo. Quem for a esta exposição do Iasnin vai se emocionar com as lindas imagens de moradores de São Miguel do Gostoso. São idosos, jovens e crianças que posaram para as lentes de fotógrafos que integraram estes cursos de Fugisse.
As histórias destas pessoas fotografadas são contadas pelas próprias fotos desta exposição: o rosto vincado marcado pela idade avançada, a habilidade de pescadores e de outros profissionais, a beleza exuberante de Manuzinha que vende cocada, mas que sonha em algum dia se transformar numa reconhecida modelo fotográfico.
A exposição coordenada por Wellington Fugisse fala da realidade, mas também embala sonhos destas pessoas fotografadas.
Quem quiser conhecer parte desta bela história de moradores de São Miguel do Gostoso é só comparecer ao Iasnin, nestes dias 24 e 25 de janeiro, terça e quarta-feira próximas.
Vá se emocionar com caras conhecidas da cidade – talvez você encontre o seu rosto  em uma destas belas 60 fotos da exposição Arte de Viver.
  

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

"Gostoso Recicla" inicia coleta de lixo reaproveitável. Iniciativa é de moradores de São Miguel do Gostoso



Por Emanuel Neri
Sabe aquele resíduo sólido doméstico que pode ser reaproveitado e que, por causa desta sua característica, é chamado de lixo reciclável?
Fazem parte deste lixo qualquer tipo de vidros e garrafas, caixas e papelões, metais, além de latinhas de cerveja, de refrigerantes e de conservas. Pois tudo isso agora pode ser reaproveitado em São Miguel do Gostoso. O projeto chama-se Gostoso Recicla - inicialmente, a coleta é feita em restaurantes e pousadas da cidade.
O dinheiro arrecadado com a venda deste produto será revertido em benefício da população carente que participa da coleta deste material. O Gostoso Recicla foi para as ruas graças ao esforço de um grupo de moradores. Mas quatro pessoas estão no comando da operação: Rai Veiga, Rita Luziet, Virna Vianello e Luziane Ferreira.
Numa fase mais adiante, o Recicla Gostoso vai se estender também às residências. Mas quem quiser já pode aproveitar os dias em que o caminhão do Recicla Gostoso passa pelos bairros da cidade para coletar o lixo reciclado de pousadas e restaurantes e também reciclar seu lixo que pode ser reaproveitado em reciclagem.
Para se integrar ao Gostoso Recicla, basta ligar para o celular (84) 992211881 para saber o dia certo da coleta em seu bairro. Falar com Luziane.
Este é um grande projeto que merece o apoio de toda a população. Além de beneficiar parte dos coletores que recolhem o lixo, o Recicla Gostoso retira grande parte do lixo que teria que ser recolhido pelos caminhões da Prefeitura. Acredita-se que, com a coleta reciclada, em torno de 50% do lixo deixa de ir para o “lixão”.
O lixo reciclável pode ser depositado em tambores coloridos (veja foto acima), com cada cor destinada à coleta de um tipo de lixo. Esta fase não chegou ainda às ruas São Miguel do Gostoso, embora algumas pousadas já tenham seus recipientes coloridos para separarem seu lixo. Numa segunda fase, estes tambores também podem ser colocados nas ruas da cidade para que a população deposite ali seu lixo reciclável.
Muita gente está ajudando o Gostoso Recicla. O caminhão que passa pelas ruas coletando o lixo é fornecido por Sérgio Teixeira. O lixo coletado é levado para uma antiga casa de farinha da cidade, construída em área da Fazenda Ana Maria. Esta casa de farinha foi cedida ao Recicla Gostoso pela Associação dos Agricultores local.
Todo o lixo reciclado é comprado por cooperativas de Natal especializadas neste tipo de material. Uma delas é a CoopCicla, mas há uma outra chamada Brasil Limpo. Já o vidro pode ser comprado pela cooperativa “Glass is Good” (vidro é bom, em inglês), que participou da coleta de garrafas durante as festas do Reveillon do Gostoso.
Reciclar e coletar lixo é fácil. Basta separar tudo quanto pode ser reaproveitado (vidros, papelão, metais e latas) e esperar o dia da coleta. Oito pessoas pobres da comunidade já estão participando desta operação de coleta, que é coordenada por Luziane Ferreira. Mais coletores  serão incorporados à operação do Recicla Gostoso.
O Recicla Gostoso priorizou pousadas e restaurantes por serem setores que produzem mais este tipo de lixo. Responsáveis por pousadas e restaurantes foram treinados e orientados sobre como recolher este tipo de lixo e informados do dia da coleta. O mesmo será feito, em uma fase ampliada, com residências da cidade.
Várias ONGs também participam do Recicla Gostoso. A principal delas é a CDHEC. Outra é o Iasnin, que já orientou jovens, nas escolas, sobre como tratar o lixo de forma adequada, inclusive com informações para reaproveitar o lixo reciclado. A ideia é que estes jovens transmitam a seus pais esta noção do reaproveitamento do lixo.
Para auxiliar o Recicla Gostoso, o Iasnin pretende realizar cursos sobre a construção de composteiras em residências e pousadas. A ideia é que o lixo orgânico – restos de frutas e legumes, folhas e galhos pequenos de árvore – possam ser transformados em adubo a partir do método da compostagem, reaproveitando este material orgânico.
O Recicla Gostoso é um projeto que vem para melhorar a qualidade de vida de São Miguel do Gostoso. E isso se dará em várias frentes. Uma delas são os coletores, que se beneficiarão da venda do material reciclado. Outra é a diminuição significativa do lixo coletado pela Prefeitura, reduzindo assim o crescimento do lixão.
Participe do Recicla Gostoso, que vai inserir São Miguel do Gostoso em um novo patamar de modernidade do tratamento do seu lixo.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

"Reveillon do Gostoso" trouxe renda e empregos. "Só não ganhou dinheiro quem não quis", disse morador



Por Emanuel Neri
“Nesta festa só não ganhou dinheiro quem não quis”.
Foi assim que “Preto” Travessa, conhecido morador de São Miguel do Gostoso, definiu as oportunidades de ganhar dinheiro durante as festas do “Reveillon do Gostoso”, realizadas neste final de ano na cidade.
O próprio “Preto” pôs seu carro, um Uno Mile, para funcionar como taxi. Ficou  satisfeitíssimo com o resultado da empreitada. Só na noite de 31 de dezembro ele fez cerca de dez viagens entre São Miguel do Gostoso e o Farol do Calcanhar, local onde foi realizada a festa do  réveillon. Cada viagem –ida ou volta - custava em torno de R$ 120,00.
Assim como “Preto”, muita gente ganhou dinheiro com as festas do “Reveillon do Gostoso”. Entre os dias 27 de dezembro e dois de janeiro, o evento reuniu milhares de jovens na cidade. E tudo funcionou bem, inclusive o esquema de segurança. Fora alguma demora e uma ou outra fila em restaurantes, não houve nem de longe o tal “colapso” que muita gente imaginava.
Foram cinco dias de festa. Além da arena principal, no final da rua do Maceió, já na estrada para o Reduto, houve também o “Pénareia”, bar de praia que funcionava, desde a manhã até 22h, na área urbana da cidade. O acordo entre Prefeitura e organizadores era para que o “Pénareia” terminasse sempre mais cedo, às 22h.
Terminar mais cedo o “Pénareia” tinha como objetivo não prejudicar moradores da cidade que moram na vizinhança do Spaço Mix, onde funcionou esta festa. Um único dia o “Pénareia” foi até de madrugada. Mas, no dia seguinte, a organização do evento, em nota, lamentou e pediu desculpas à população pela “quebra de acordo” com a comunidade.
Os milhares de jovens que vieram ao “Reveillon do Gostoso” eram exigentes, reclamavam da demora nos serviços, mas não eram baderneiros nem drogados, como suspeitava muita gente que era contra o evento. Nos meses que antecederam o “Reveillon do Gostoso”, houve uma corrente contrária à realização destas festas na cidade.
“Quando é que os ‘drogadinhos’ vão começar a chegar?”, indagou, com alto grau de preconceito, a proprietária de uma pousada da cidade. A pergunta foi feita a um dos integrantes da diretoria da AEGostoso – a associação de empreendedores de São Miguel do Gostoso. Houve, sim, muito preconceito contra o “Reveillon do Gostoso”.
Mas aos poucos todos os preconceitos foram caindo por terra. As próprias pessoas –  alguns moradores da cidade e outros, do setor hoteleiro, que também eram contra o evento – foram mudando de opinião e percebendo que o “Reveillon do Gostoso” não representava baderna e desordem. Muito menos houve  a esperada invasão de “drogados”
O “Reveillon do Gostoso” reuniu muita gente bonita e deu oportunidade para todos.
Pousadas, restaurantes, bares, supermercados, vendedores ambulantes, taxis, mototaxis – todos ganharam dinheiro com o “Reveillon do Gostoso. Ao todo - incluindo pacotes com passagens aéreas, festas, hospedagem e alimentação – foram gastos em torno de R$ 10 milhões. Ponto muito positivo para a economia local.
Foi extraordinária a injeção de renda e emprego com o “Reveillon do Gostoso”. Quem se organizou para o evento, ganhou dinheiro. Nas redes sociais de empreendedores locais, era comum ver pedidos de ultima hora para contratação de garçons e camareiras. Só um restaurante da cidade vendeu, em média, 240 refeições por dia.
Mas, o mais importante com o “Reveillon do Gostoso” foi a visibilidade nacional que o destino São Miguel do Gostoso ganhou. Durante todos os cinco dias de festa, as redes sociais “ferviam” com fotos de ge te bonita e de referências elogiosas às praias e ao turismo da cidade. Com certeza, este evento do final do ano vai multiplicar o nosso número de visitantes.
A hastag #Imaginequegostoso (foto acima), que marcava a festa nas redes sociais, estava por todos os cantos, inclusive desenhada na beira da praia.
Bom para São Miguel do Gostoso e para seu turismo. O “Reveillon do Gostoso” ainda vai funcionar por pelo menos três anos. Mas, daqui para a frente, o destino turístico local vai ganhar muito com esta enorme visibilidade que teve em todo o país, inclusive com reportagens de TVs e de revistas especializadas.
De um modo geral, estes jovens, de várias partes do país, amaram São Miguel do Gostoso. E prometem voltar à cidade, trazendo familiares e amigos.
Nos links abaixo, outros posts do noBalacobaco sobre o “Reveillon do Gostoso”, inclusive legados que este evento deixou para o município.
http://nobalacobaco.blogspot.com.br/2016/12/reveillon-do-gostoso-vai-incrementar.html
http://nobalacobaco.blogspot.com.br/2016/12/empresarios-deixam-reduto-colorido-e.html