segunda-feira, 30 de junho de 2014

Vejam 13 previsões catastróficas feitas sobre a Copa; todas eram "furadas" e a Copa é um grande sucesso



Por Emanuel Neri
Ainda sobre as previsões catastróficas feitas no Brasil – e algumas no exterior – sobre o fracasso da Copa do Mundo. Foram muitas as tentativas de marcar gols contra o Brasil. Mas felizmente a Copa é um sucesso – e hoje a própria imprensa brasileira, que tanto a criticou, reconhece o seu êxito.
O Jornalista Luis Nassif enumerou 13 previsões que se mostraram absolutamente “furadas” – nenhuma delas felizmente se confirmou. Veja, abaixo, as previsões alarmistas identificadas em artigo do Nassif:
1 – O mago Paulo Coelho: “A barra vai pesar na Copa do Mundo”

Em entrevista à revista Época, publicada em 5/4/2014, o mago, guru e escritor Paulo Coelho, que mora na Suíça, disse que não viria ao Brasil assistir aos jogos da Copa do Mundo nos estádios, apesar de ter sido presenteado com os ingressos pela FIFA. “A barra vai pesar na Copa. A Copa será um foco de manifestações justas por um Brasil melhor. Os protestos vão explodir durante os jogos porque vai haver mais gente fora do que dentro dos estádios”, afirmou.

O Mago, que “previra” que o Brasil ia ganhar a Copa das Confederações, evita arriscar o resultado para o mundial. E apresenta certezas já desconstruídas pela realidade, como a de que o Brasil deveria disputar a final com a Espanha, eliminada na 1ª fase: “Agora não sei. Certamente o Brasil irá à final com a Alemanha ou a Espanha, duas seleções fortíssimas nesta Copa. A Argentina não. A Suíça vai surpreender. Eu ousaria dizer que a Suíça vai para as quartas. No futebol, você tem que ser otimista, não tem outra escolha. O Brasil tem chances de não ganhar”.
 
2 – Arnaldo Jabor: “A Copa vai revelar ao mundo a nossa incompetência”

No dia 6/6/2014, às vésperas da abertura da Copa, o cineasta Arnaldo Jabour, emcomentário para a Rádio CBN, ainda insistia no pessimismo em relação à Copa, com o objetivo claro de influir no processo eleitoral de outubro. “Nós estamos jogando fora a imensa sorte que temos, por causa de dogmas vergonhosos que não existem mais. Estamos antes do Muro de Berlim e a Copa do Mundo vai revelar ao mundo a nossa incompetência”, afirmou.

3 – Veja: “Por critérios matemáticos, os estádios da Copa não ficarão prontos a tempo”

Em 25/5/2011, a Veja previu o fracasso da Copa do Mundo no Brasil. E com a ajuda da matemática, uma ciência que se diz exata desde tempos imemoriais. Na capa, a data da logo do mundial era substituída por 2038. O intertítulo explicava: “Por critérios matemáticos, os estádios da Copa não ficarão prontos a tempo”.

De lá para cá, foram muitas outras matérias, reportagens e artigos anunciando o fracasso do mundial. E mesmo com o início dos jogos, com estádios prontos e infraestrutura à altura do desafio, a revista estampou, na edição desta semana, uma nova catástrofe iminente: “Só alegria até agora - Um festival de gols no gramado, menos pessimismo nas pesquisas, mais consumo, visitantes em festa e o melhor é aproveitar, pois legado duradouro, esqueça”.

Melhor mesmo é torcer para que, quem sabe até 2038, a Veja aprenda a fazer jornalismo!
            
4 – Cineasta brasileira radicada nos EUA: “Não, eu não vou para a Copa do Mundo”
Em junho de 2013, a cineasta brasileira Carla Dauden, radicada em Los Angeles, nos Estados Unidos, fez sucesso na internet com o vídeo “No, I’m Not Going to the World Cup” (“Não, eu não vou para a Copa do Mundo”), que alcançou quatro milhões de curtidas. Mas antes mesmo da bola começar a rolar nos gramados brasileiros, a ativista já era vista circulando pelo país.

No Twitter, ela justificou a abrupta mudança de planos: “Não vim para ver a Copa, vim para falar dela. A Copa nunca vai ser a mesma para os brasileiros. As pessoas não vão se esquecer do que acontecerá por aqui”, diagnosticou, antes da abertura. A frase, de fato, parece fazer sentido. Mas por motivos opostos do que aqueles que a ativista advoga!
 
5 - Protesto do chuveiro no “modo quentão” vai causar apagão!

Até bem pouco tempo antes do início da Copa, eram muitos os setores que insistiam no risco iminente de blackout no país, da oposição à imprensa monopolista. Um grupo de internautas, porém, levou as ameaças infundadas a sério e decidiu criar uma página no Facebook destinada a acelerar o caos: usar os jogos da Copa para provocar um apagão generalizado no Brasil e, assim, boicotar a realização do evento.

A estratégia definida foi a utilização sincronizada dos chuveiros no “modo quentão”. “Chuveiros devem ser ligados na hora dos hinos nos jogos. A carga elétrica anormal derrubará a energia em bairros, cidades, regiões, estados e o país inteiro, em efeito dominó. Acompanhem os hinos por rádio, para maior garantia de sincronização”, diz a descrição do evento que conquistou pouco mais de 4,5 mil curtidas.

Dado o fracasso do evento, a página agora é utilizada para a troca de memes contra o PT, a esquerda e as pautas sociais e progressistas!
 
6 – Marília Ruiz: “Vai ser um vexame. Um vexame!”

No dia 26/1/2014, a TerraTV publicou um comentário da jornalista esportiva Marília Ruiz em que ela previa que, se o Brasil conseguisse realizar a Copa, já seria uma grande vitória. A antenada comentarista até admitia que os estádios ficariam prontos. Mas sem qualidade: "Se eu sentaria o meu corpinho numa cadeira recém colocada, com um parafuso a menos? Eu não sei”.

Do alto de sua experiência em cobertura de outras copas e de um etnocentrismo latente, ela também alertava que, mesmo fazendo sua Copa após a da África, o país passaria vergonha. “Eu achei que a gente ia passar vergonha, que nós, brasileiros, que o país ia passar vergonha. Aí eu pensei, é até um alento porque a Copa do Brasil vai ser depois da Copa da África: ninguém vai lembrar muito como foi na Alemanha. Muito menos as pessoas vão lembrar como foi no Japão e na Coreia. E eu posso dizer porque estive lá. É uma vergonha ao cubo!”

Confira o comentário completo e saiba quem é que está passando vergonha!
 
7 - Álvaro Dias: “O país ficará com mais prejuízo do que lucro”

De todas as aves de mau agouro que bravatearam contra a realização da Copa no Brasil, o tucano Álvaro Dias, senador pelo PSDB, foi uma das mais barulhentas. Previu que o governo amargaria um prejuízo de mais de R$ 10 bilhões com a realização do evento, que os turistas não apareceriam, que os aeroportos não ficariam prontos e não dariam conta do fluxo de passageiros.

“O legado da copa do mundo me parece ser um grande fracasso. O país ficará com mais prejuízo do que lucro”, disse ele em entrevista à TV Senado, publicada no Youtube em 7/8/2013. Agora que os turistas chegaram, os investimentos estrangeiros entraram e o país tá fazendo bonito em mobilidade e infraestrutura, o senador desapareceu por completo do noticiário. Não se sabe se está esperando o evento acabar para profetizar outro apocalipse ou aproveitando as férias para curtir os jogos, como fez durante a Copa das Confederações!
 
8 - Ex-presidente FHC: “A Copa do Mundo como símbolo de desperdício”

Em artigo publicado no norte-americano The Wold Post, em 21/1/2014, o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso se referiu à Copa como símbolo do desperdício de dinheiro público. Tal como seu companheiro Álvaro Dias, perdeu a chance de ficar calado.  Segundo a Fipe, só a Copa das Confederações rendeu R$ 9,7 bilhões ao PIB brasileiro. A projeção de retorno da Copa é de R$ 30 bilhões. A Apex-Brasil, aproveitando a Copa do Mundo, trouxe ao Braisil mais de 2,3 mil empresários estrangeiros, de 104 países. A agência estima trazer US$ 6 bilhões em negócios para o Brasil.
 
9 - Redação Sport TV: do fracasso ao espírito de porco!

No Programa Redação Sport TV de 22/1/2014, o apresentador deu sonoras gargalhadas ao exibir a foto de um estádio da copa ainda sem gramado e fazer previsões catastróficas sobre o evento. Na edição de 26/6/2014, o tom mudou completamente: um outro apresentador mostrou como a imprensa internacional elogiava o evento e ouviu do entrevistado Ruy Castro: “A nossa imprensa foi rigorosamente espírito de porco antes do evento começar”.

Confira o vídeo com os dois momentos e os dois humores do Sport TV

10 – Governo alemão: “O Brasil é um país de alto risco”
Há seis semanas do início da Copa, o Ministério de Assuntos Exteriores da Alemanha divulgou um relatório pintando uma imagem desoladora do Brasil, descrito como um país ode as leis não são respeitadas e o turista corre o risco de ser roubado, sequestrado e se envolver em conflitos entre policiais e criminosos. O documento listava uma série de cuidados que os gringos deveriam tomar, incluindo atenção redobrada com as prostitutas, apontadas como membros e organizações criminosas, e vigilância contínua com os copos, para não serem vítimas de um “Boa noite, Cinderela”.

Pelo documento, até mesmo a seleção alemã estaria em perigo em terras tupiniquins. E não apenas dentro de campo. “Arrastões e delitos violentos não estão descartados, lamentavelmente, em nenhuma parte do Brasil. Grandes cidades como Belém, Recife, Salvador, Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo oferecem altas taxas de criminalidade”, ressaltava.

O Ministério ainda não divulgou relatórios sobre o número de alemães que vieram ao Brasil e o que estão achando da experiência. Mas quem circula pelas ruas brasileiras, repletas de gringos felizes e sorridentes, já sabe!
 
11 - Der Spiegel:  “Justamente no país do futebol, a copa poderá ser um fracasso”

 Um dos principais semanários da Europa, a revista alemã estampou, um mês antes do início da Copa, a manchete “Morte e Jogos”, destacando que, justamente no país do futebol, a Copa poderia ser um fiasco, por causa dos protestos, da violência nas ruas, dos problemas do transporte coletivo, dos aeroportos e dos estádios. Praticamente um alerta vermelho recomendando que os europeus não viessem ao Brasil.

Mas os turistas vieram e estão adorando. A imprensa estrangeira também: o jornal norte-americano The New York Times, fala em “imenso sucesso”. O francês Le Monde, em “milagre brasileiro”. O espanhol El País diz “não era pra tanto” para as previsões catastróficas.  A revista inglesa The Economist,  remenda que “as expectativas, que eram baixas, foram superadas”. A própria Der Espiegel, na edição desta semana, dá destaque para a animação da torcida e admite que os protestos em massa ainda não aconteceram.
 
12 – Ronaldo, o fenômeno: “Da vergonha à constatação de que a Copa é um sonho”

 Na véspera do início do mundial, o ex-atacante Ronaldo se disse envergonhado com os atrasos das obras da Copa. Mas, membro do Comitê Organizador Local da FIFA que é, defendeu a entidade e culpou o governo Dilma por todos os problemas. “É uma pena. Eu me sinto envergonhado porque é o meu país, o país que eu amo. A gente não podia estar passando essa imagem”, disse à Agência Reuters o cabo eleitoral e amigo do senador Aécio Neves, candidato do PSDB à presidência.

Agora, consolidado o sucesso do evento, tenta mudar o discurso. Em coletiva nesta quinta (26), procurou se justificar. "Não critiquei a organização da Copa, até porque eu faço parte dela. Disse que poderia ser muito melhor se todas as obras de mobilidade urbana tivessem sido entregues”, remendou. ”Vivíamos um clima muito tenso, com a população muito descontente. Começou a Copa, e agora estamos vivendo um sonho", concluiu.
 
13 –  O vira vira lobisomem de Ney Matogrosso

De passagem por Lisboa, em 11/5, Ney Matogrosso resolveu usar a Copa para criticar duramente a política brasileira na TV ATP. Só esqueceu de estudar, primeiro, os argumentos. “Se existia tanto dinheiro disponível para gastar com a Copa, por que não resolver os problemas do nosso país?”, disse ele, desconhecendo que, desde 2010, quando começaram os preparativos para a Copa, o governo já investiu R$ 850 bilhões em saúde e educação, enquanto os investimentos totais no mundial – incluindo federais, locais e privados – atingem R$ 25,6 bilhões.

Foi ácido quanto à construção dos estádios que, segundo ele, irão virar “elefantes brancos” e não serão usados para mais nada. Embolou dados, números e fatos em vários argumentos. Acabou sustentando uma visão preconceituosa sobre as classes populares. Questionado se há uma maior consciência dos pobres em exigir seus direitos, concordou: “O escândalo é tamanho que até essas pessoas param para refletir”.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

São Miguel do Gostoso faz audiência pública para disciplinar excesso de som que prejudica a cidade



Por Emanuel Neri
Chegou a hora de São Miguel do Gostoso debater um dos temas mais polêmicos da cidade. No próximo dia 1 de julho, terça-feira, a partir das 14h, no Espaço Múltiplo  Uso, haverá audiência pública sobre regulamentação das atividades que propagam e abusam do som alto no município.
Este tema interessa a toda a cidade. Faz tempo que moradores de São Miguel do Gostoso reclamam de excessos de som de bailes e casas de shows, carros de propaganda, automóveis particulares com caixas de som no porta-malas e templos religiosos que usam e abusam de paredões de som para propagar suas pregações.
E sem esquecer o período de campanha eleitoral, em que carros de propaganda política deixam a cidade enlouquecida com um barulho ensurdecedor.
A legislação sobre o uso do som é de âmbito federal – ou seja, o que vale para Brasília, capital do país, vale também para qualquer outra cidade do interior do Brasil, entre elas São Miguel do Gostoso. O município pode disciplinar algumas questões, como hora para que comece e termine atividades com uso de som.
São Miguel do Gostoso sai na frente na discussão deste tema. É muito importante que os poderes locais, em especial a Câmara Municipal – com o apoio da Prefeitura -, tomem a iniciativa de ouvir a opinião pública sobre limites do som. Foram convidados representantes do Idema, Judiciário e Ministério Público.
Várias autoridades foram convidadas. Uma delas foi Marjorie Madruga, procuradora estadual do Meio Ambiente. Mas como ela já havia assumido compromissos anteriores para o mesmo dia, a Câmara vai tentar que ela envie um representante seu para participar do debate. A pauta da audiência é abrangente.
A pauta inclui eventos religiosos com som excessivo – uma das igrejas evangélicas da cidade tem o chamado “Paredão de Jesus”, que retransmite cultos em altíssimo volume, incomodando os moradores. Mas tem também a questão de carros de propaganda e festas em bares que vão até tarde da noite.
Há um projeto de lei, de autoria de Otoniel Baracho, que disciplina o uso de som em São Miguel do Gostoso. Este projeto aguarda parecer técnico de órgãos especializados da Prefeitura para poder ser submetido à votação na Câmara Municipal. O texto deste projeto é abrangente e pode ser uma solução para o abuso com som alto.
Caminho é o bom senso
Mas o que vai resolver a guerra do som é o bom senso de pessoas envolvidas com a questão. Atualmente há uma verdadeiro conflito cercando o tema. Donos de bares, que usam som à noite, acusam pousadeiros de quererem acabar com festas da cidade, entre elas Carnaval, Emancipação e festa do padroeiro.
Mas isso não é verdade. Donos de pousadas nunca defenderam o fim de festa alguma. As pousadas entendem que estas festas (foto) fazem parte da cultura de São Miguel do Gostoso, mas defendem que haja mais controle da Prefeitura com o volume do som e hora para que estas festas comecem e terminem.
No caso do Carnaval, realizado na praia da Xepa – local onde há inúmeras pousadas -, a Prefeitura já decidiu que a festa vai até 3 horas da manhã. As pousadas concordam com esta decisão e pede para que outros eventos do calendário de festas da cidade – emancipação, festa do padroeiro, por exemplo – sigam o mesmo horário.
Por ser uma cidade turística, São Miguel do Gostoso precisa de festas. Mas também é importante ter cuidado para que este tipo de evento não perturbe o turismo e sossego de quem procura a cidade para descansar. O som já é mais controlado na cidade do que em outros municípios. Aqui já há disciplina em torno da questão.
Se você fizer uma comparação com outras cidades, São Miguel do Gostoso controla com mais eficiência os excessos de som. Aqui a população é mais crítica em relação ao som abusivo. Basta ir a Touros ou outras cidades do RN para ver que nelas, ao contrário daqui, os casos de abuso com som são infinitamente superiores.
A chave do sucesso da audiência de 1 de julho é mesmo o entendimento entre as partes envolvidas com a questão do som.  Se isso for conseguido, conflitos com som alto tendem a diminuir. Com isso, população e turismo de São Miguel do Gostoso vão ganhar muito e dar um bom exemplo de como fazer para disciplinar o uso do som.
Veja, nos links abaixo, outros posts deste blog sobre problemas com som em São Miguel do Gostoso.

terça-feira, 24 de junho de 2014

"O Brasil ganhou, a mídia perdeu", diz jornalista sobre êxito da Copa e onda de pessimismo que varreu o país



Por Emanuel Neri
Antes do início da Copa do Mundo de Futebol no Brasil, a mídia brasileira tentou de todas as formas “carimbar” a competição como um evento associado ao fracasso. Para jornais e TVs, nada funcionaria no país – e aí se incluía organização da Copa, segurança pública, estádios, aeroportos e transporte urbano.
Uma conhecida revista nacional deu capa prevendo que os estádios da Copa só ficariam prontos em 2038. O pessimismo da mídia local acabou por contaminar a mídia estrangeira. Jornais de outros países chegaram a recomendar que torcedores não viajassem ao Brasil, sob risco de serem mortos nas ruas.
Políticos da oposição e personalidades do futebol se associaram, de forma oportunista, a esta onda de pessimismo. O ex-jogador Ronaldo Fenômeno chegou a declarar ter “vergonha do Brasil” na Copa. Mas a emoção pelo futebol falou mais alto. Cerca de 700 mil turistas estrangeiros vieram ao Brasil para ver a Copa.
E esta onda de pessimismo passou tão logo os jogos começaram. A mídia internacional ficou impressionada com a organização da Copa – tudo funcionava de forma quase perfeita. Aos poucos, jornais e TVs brasileiras também reconheceram que, ao contrário do que previram, a Copa era um sucesso.
O êxito da Copa reconhecido pela mídia internacional – e por tabela a brasileira – é motivo de artigos e análises em jornais e redes sociais. Um deles – sob o título “Copa: O Brasil ganhou, a mídia perdeu” –, foi escrito pelo jornalista Luis Nassif. Trata-se de ótima e oportuna análise sobre o êxito reconhecido internacionalmente da Copa – e por isso o noBalacobaco decidiu reproduzi-la.
Veja, a seguir:
“Já se tem o resultado parcial da Copa: reconhecimento geral - da imprensa nacional e internacional - que é uma Copa bem organizada, com estádios de futebol excepcionais, aeroportos eficientes, sistemas de segurança adequados, logística bem estruturada e a inigualável hospitalidade do povo brasileiro.
Vários jornais (internacionais) já a reconhecem como a maior Copa da história.
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Agora, voltem algumas semanas atrás, pouco antes do início da Copa.
A imagem disseminada pela imprensa nacional - era a de um fracasso retumbante. Por uma mera questão política, lançou-se ao mundo a pior imagem possível do Brasil. O maior evento da história do país, aquele que colocou os olhos do mundo sobre o Brasil, que atraiu para cá o turismo do mundo,  foi manchado por uma propaganda negativa absurda. Em vez das belezas do país, da promoção turística, do engrandecimento da alma brasileira, da capacidade de organização do país, os grupos de mídia nacionais espalharam a imagem de um país dominado pelo crime e pela corrupção, sem capacidade de engenharia para construir estádios - justo o país que construiu duas das maiores hidrelétricas do planeta -, com epidemias grassando por todos os poros.
Um dos jornais chegou a afirmar que haveria atentados na Copa, fruto de uma fantasiosa parceria entre os black blocks e o PCC. Outro informou sobre supostas epidemias de dengue em locais de jogo da Copa.
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O episódio é exemplar para se mostrar a perda de rumo do jornalismo nacional, a incapacidade de separar a disputa política da noção de interesse nacional. E a falta de consideração para com seu principal produto: a notícia.
Primeiro, cria-se o clima do fracasso.
Criado o consenso, abre-se espaço para toda sorte de oportunismos. É o ex-jogador dizendo-se envergonhado da Copa, é a ex-apresentadora de TV dizendo que viajará na Copa para não passar vergonha.
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Tome-se o caso da suposta corrupção da Copa. O que define a maior ou menor corrupção é a capacidade de organização dos órgãos de controle. O insuspeito Ministério Público Federal (MPF) montou um Grupo de Trabalho para fiscalizar cada ato da Copa, juntamente com o Tribunal de Contas da União e a Controladoria Geral da União. O GT do MPF tornou-se um case, por ter permitido economia de quase meio bilhão de reais.
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Antes da hora, é fácil afirmar que um estádio não vai ficar pronto, que um aeroporto não dará conta do movimento, que epidemias de dengue (no inverno) atingirão a todos, que os turistas serão assaltados e mortos. Fácil porque são apostas, que não têm como ser conferidas antecipadamente.
Quando o senhor fato se apresenta, todos esses factóides viram pó.
A boa organização da Copa não é uma vitória individual do governo ou da presidente Dilma Rousseff. É de milhares de pessoas, técnicos federais, estaduais e municipais, consultores, membros dos diversos poderes, especialistas em segurança, trânsito, empresas de engenharia, companhias de turismo, hotelaria.
E tudo isso foi jogado no lixo por grupos de mídia, justamente os maiores beneficiários. Eram eles o foco principal de campanhas publicitárias bilionárias, sem terem investido um centavo nas obras. Pelo contrário, jogando diuturnamente contra o sucesso da competição e contra qualquer sentimento de autoestima nacional”.
Abaixo, links de jornais estrangeiros – e alguns brasileiros – reconhecendo que, apesar da torcida contra da mídia, a Copa do Brasil é a melhor em toda a história das Copas do Mundo de Futebol. É o que todos vêm chamando de “Copa das Copas”.
Leia também post do noBalacobaco criticando esta onda de derrotismo da mídia brasileira e prevendo que a Copa no Brasil ia, sim, ser um sucesso.