Por Emanuel
Neri
O Brasil é um país que
sempre surpreende. Quando os principais especialistas econômicos – incluindo analistas de jornais e TVs
– apontavam na direção do que eles chamam pejorativamente de “pibinho”, a
economia brasileira cresce de forma surpreendente.
Segundo dados
divulgados na sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística), o PIB (Produto Interno Público) cresceu 1,5% no último trimestre
de 2013, o que levou analistas a reverem previsões para o PIB de 2013, em torno
de 3%.
Com esta recuperação,
o Brasil cresceu mais do que todos os países desenvolvidos – incluindo os
Estados Unidos e os da Europa – e superou também os países em desenvolvimento.
Ficou atrás apenas da China, o país que mais cresce no mundo.
Só para se ter uma
ideia, enquanto o Brasil cresceu 1,5% no segundo trimestre, o crescimento dos
Estados Unidos foi de 0,6%, enquanto a Alemanha foi de 0,7%. Países como Holanda,
Espanha, Itália e México tiveram crescimentos negativos no período.
Para que se tenha
ideia da importância deste índice de 1,5%, foi o maior já registrado no Brasil
desde o primeiro trimestre de 2010. Com isso, o Brasil alcança um crescimento
3,3% no acumulado dos últimos 12 meses. Resultado
bem positivo.
O PIB mede o crescimento
do país. Durante os dois primeiros anos do governo Dilma, o crescimento foi
menor do que no de Lula. Foi o suficiente para que as previsões de analistas apontassem
para quadro bastante negativo. Parecia até o começo do fim do mundo.
Apesar de indicadores
econômicos bastante favoráveis – como é o caso do nível de emprego e do volume de
investimentos -, existe uma maré de pessimismo rondando o país. Parece até que
analistas torcem para que tudo dê errado - ou seja: quanto pior, melhor.
Outro indicador que
analistas estavam bombardeando antes era a inflação. Parecia até que o governo
tinha perdido o controle e que os preços estavam disparando em todo o país. Não
era verdade. Os últimos índices dizem que tudo está sob controle.
A inflação acumulada nos
últimos doze meses está em 6,27% - índice abaixo do teto da meta estabelecido
pelo governo (Banco Central), que é de 6,5%. Mas se você houve um analisa
falando na TV parece que a inflação está fora de controle no país.
A oposição no Brasil precisa
de dados negativos para poder rechear seu discurso para a disputa pela
presidência da República, em 2014. A eleição será disputada também pela atual
presidenta, Dilma Rousseff (foto). Por isso, oposição e analistas apostam no pior.
O crescimento do PIB chega em um momento em que a popularidade da presidenta Dilma está em recuperação - sua aprovação havia caído após as manifestações de rua em junho. Mas este índice já chega aos 43%, segundo pesquisas, e isso dificulta o caminho da oposição.
É por isso que os
últimos dados sobre o crescimento do PIB abalaram a torcida negativa da oposição. O
resultado trouxe otimismo para o governo, que vê nestes dados a retomada do crescimento da economia para 2013. Mas a
oposição quer mais é que tudo dê errado.
Veja, abaixo,
links para mais informações sobre o crescimento do PIB no último trimestre: