segunda-feira, 19 de junho de 2017

São Miguel do Gostoso dá importante passo ao iniciar projeto que vai coletar todo esgoto sanitário da cidade



Por Emanuel Neri
Imagine o que é ter uma cidade inteiramente saneada, com sistema de dutos e tubulação no subsoolo que vai coletar todo o esgoto sanitário de São Miguel do Gostoso.
Pois nesta próxima quinta-feira (dia 22/6), às 16h, o governador Robinson Faria e o prefeito de São Miguel do Gostoso, Renato de Doquinha, vão assinar a ordem de serviço para o início destas obras. O projeto, que deve custar mais de R$ 25 milhões, terá 27 km de tubulações de esgoto em toda a cidade.
O ato que dará início á obra de saneamento básico de São Miguel do Gostoso será realizado diante da Câmara Municipal do Município. A previsão inicial é a de que a obra levará pelo menos 18 meses para ser concluída. A obra vai mexer estruturalmente com a cidade, com intervenções em todas as ruas.
Governo e responsáveis pelo projeto dizem que a obra será iniciada o mais rápido possível, provavelmente no início do segundo semestre deste ano.
Na verdade, a estruturação e elaboração de todo o projeto de esgotamento sanitário de São Miguel do Gostoso (foto acima) foi feito na gestão anterior, cuja prefeita era Fátima Dantas. O prefeito Renato de Doquinha deu continuidade aos procedimentos do projeto, inclusive a finalização do processo licitatório.
A obra de saneamento básico de São Miguel do Gostoso é financiada pelo Banco Mundial e RN Sustentável, projeto do governo do Rio Grande do Norte. A responsabilidade pela obra será da construtora A Gaspar, que vai empregar em torno de 150 trabalhadores, boa parte deles contratados no município.
O saneamento básico vai mudar a cara de São Miguel do Gostoso. Não são todas as cidades do Brasil que são saneadas. Apenas poucas têm este serviço. E uma destas cidades é Natal, cujo saneamento é ponto de honra do atual governador. Saneamento melhora as condições sanitárias de qualquer cidade.
E é fundamental que uma cidade turística como São Miguel do Gostoso tenha seu saneamento básico. Com o esgotamento sanitário, termina o risco de contaminação do lençol freático (águas no subsolo) pelos dejetos humanos. Cidade saneada é referência em termos de cuidados com a saúde pública.
Pontos para o saneamento básico de São Miguel do Gostoso. Depois disso, fica faltando o serviço de abastecimento de água. A administração anterior também elaborou projeto com esta finalidade, mas anda faltaa aprovação pela empresa estatal que cuida do abastecimento de água no Estado, a Caern.
A construtora A Gaspar tem experiência em obras de saneamento básico. Segundo Fabricio Gaspar, diretor da A Gaspar, a empresa constrói atualmente  300 km de saneamento em bairros da região norte de Natal. Fabrício garante que a A Gaspar tem planos para causar poucos transtornos em São Miguel do Gostoso.
“Não vamos deixar valas abertas em ruas. Obras feitas em calçamento ou vias pavimentadas terão 72 horas para serem restauradas”, afirma Fabricio. “Queremos causar os menores transtornos possíveis à população”, diz.
O saneamento básico de São Miguel do Gostoso é uma obra complexa. Terá  cinco estações elevatórias que bombearão a rede de esgoto para tubulações em terrenos mais elevados. Além disso, terá uma lagoa de estabilização em que o esgoto é tratado – fica em uma área de Fazenda Ana Maria, próxima à cidade.
É fato que São Miguel do Gostoso está ganhando uma grande obra, que vai mudar seu futuro.
O saneamento básico vai dotar a cidade de importante estrutura sanitária, capaz de atrair mais projetos para a região, especialmente em setores turísticos. E a qualidade de vida local certamente vai melhorar com esta obra.
No link abaixo, veja post deste blog, publicado em 12 de abril de 2016, anunciando a elaboração do projeto de saneamento básico, pela prefeita Fátima Dantas, para São Miguel do Gostoso.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Festas juninas de São Miguel do Gostoso têm tradição e são animadas. São festas muito populares na cidade



Por Emanuel Neri
Em todo o Nordeste, as festas juninas são os festejos mais populares da região. Em Pernambuco e Bahia, o Carnaval também é muito popular. Mas em outros Estados nordestinos os “arraiais” de São João são muito mais populares do que o Carnaval.
É assim no Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba. Além de populares, as festas juninas são muito organizadas - e animadíssimas.  E em São Miguel do Gostoso as quadrilhas e “arraiás” de São João (Santo Antonio e São Pedro também vem juntos) são festas colidíssimas, de boa música e extremamente populares.
Em São Miguel do Gostoso as festas juninas estão marcadas na cultura do povo.
Durante o mês de junho, muitos arraiais são realizados na cidade. Os festejos começam para valer às vésperas do Dia de Santo Antonio, 12 de junho, e se prolongam até o final do mês. Toda rua que preza em São Miguel do Gostoso tem um bom arraial junino. Nos colégios é a mesma coisa.
Mas vejam isso. Dos mais de 20 “arraiás” que acontecem na cidade, apenas cinco procuraram a Prefeitura este ano para cadastrarem suas festas. E elas passam a fazer parte do calendário turístico de São Miguel do Gostoso. Veja estas cinco festas que estão cadastradas na Prefeitura:
“Arraiá da Prefeitura”, dia 22/6, na praia da Xepa, com concursos de quadrilhas do município e apresentação de quadrilhas de outras cidades. Nos últimos anos, esta festa sempre ocorreu. Mas este ano ela não está ainda confirmada.
“Arraiá Pé de Ferro”, dia 23/6, na avenida dos Arrecifes. Bem tradicional.
“Arraiá Lírio das Estrelas”, dia 24/6, no cruzamento das ruas Lírio do Mar e Estrelas do Mar. Esta é uma das festas juninas mais animadas da cidade (foto acima). Ela  também é conhecida por “arraiá das almas’, por ser realizada bem próxima a um dos cemitérios da cidade.
“Arraiá dos Dourados”, dia 28/6, na avenida dos Dourados. Esta é outra festa que desperta muita expectativa na cidade.
Festa de São Pedro, dia 29/6, na praia do Maceió, diante da Colônia dos Pescadores. Esta festa dura todo o dia. Começa com procissão de São Pedro pela orla de São Miguel do Gostoso. À noite, festa animada com quermesse e muitas barracas de comidas da época. A festa é organizada por pescadores.
Mas há outras festas juninas que não se preocuparam em se cadastrar na Prefeitura. Os colégios Olímpia Teixeira, Ana Ribeiro e Zuza Torres organizam suas quadrilhas – algumas delas também se apresentam em outras cidades.
E uma das festas que geram mais expectativa é a chamada “Quadrilha  Avesso”.
Chama-se “Avesso” porque, nesta quadrilha, os homens se vestem de mulher e as mulheres se vestem de homem. Muito engraçada. Quem “puxa” a quadrilha é Naldivan, artista popular muito conhecido na cidade. Por falta do cadastro na Prefeitura, não se sabe dia nem local desta festa. Uma pena.
Outra festa tradicional é o “Arraiá de Dumont”, na rua das Ostras. Dumont é uma conhecida professora da cidade. Mas Dumont também não se preocupou em informar à Prefeitura sobre o evento que ela organiza.  
Tem mais. Dia 1 de julho, no Condomínio Bouganville, em São José, já no município de Touros, mas muito próximo de São Miguel do Gostoso, tem o “São Pedro da Colméia”, que anteriormente era realizada em Pipa. A festa é organizada pela jornalista Eliana Lima, do Jornal Tribuna do Norte, Natal. Um festão.
O “São Pedro da Colméia” atrai um público grande de Natal.
É muito importante que a Prefeitura cadastre as festas juninas da cidade. Só assim, ela pode liberar espaços públicos para a realização do festejo e pede auxilio à polícia para dar segurança ao evento. É tudo muito mais organizado. Sem isso, alguns “arraiás” obstruem ruas, sem autorização da Prefeitura.
É chegada a hora de as festas juninas de São Miguel do Gostoso serem melhor organizadas. A cidade tem tradição e animação suficientes para que os festejos desta época virem uma atração turística da cidade e entrem no calendário turístico do Rio Grande do Norte. Bom para a cidade e seu turismo.
Um dia, com mais organização, São Miguel do Gostoso chega lá.

domingo, 4 de junho de 2017

Congresso aprova PEC das vaquejada. Defensores dos animais vão pedir a STF que poiba prática novamente



Por Emanuel Neri
OK, todo mundo sabe que a prática de vaquejadas, principalmente no Nordeste brasileiro, é uma atividade cultural. Mas ocorre que, nem tudo que é cultural é isento de ações judiciais que proíbam esta prática pelos maus-tratos e crueldade contra os animais envolvidos (bois e cavalos).
Só para efeito de comparação.  As touradas, muito tradicionais em países ibéricos, em especial na Espanha, também é uma prática cultural. No entanto, a crueldade que este tipo de atividade esportiva (?) causa aos animais está levando estes países a rever seus conceitos culturais.
A tourada, em regiões da Espanha, como a Catalunha, onde está a importante cidade de Barcelona, já foi proibida. Ali a prática da morte lenta do boi, que é atacado mortalmente pelo toureiro, com o uso de espadas e lanças, o animal fica sangrando até morrer. Pois isso já não pode mais ser realizado. 
E as vaquejadas do Brasil, em especial no Nordeste, como ficam?
Em outubro de 2016, com base no artigo 225 da Constituição brasileira, o STF (Supremo Tribunal Federal), proibiu a prática de vaquejadas em todo o território nacional. O entendimento do STF é o de que o artigo 225 proíbe crueldade contra animais. Por isso, as vaquejadas foram proibidas.
Depois desta decisão do STF, ocorreu um Deus nos acuda entre empresas que promovem vaquejadas no Nordeste  - algumas movimentando milhões de reais – e associações de vaquejadas e de proprietários de animais, como cavalos. A pressão foi tanta que levou o Congresso a rediscutir este tipo de prática.
Proposta de Emenda Constitucional (PEC) foi apresentada no Congresso suavizando a prática das tais vaquejadas. Na prática, a PEC diz que não são consideradas “cruéis” práticas desportivas que utilizam animais, desde que as vaquejadas sejam consideradas como bem cultural imaterial.
Pois bem, tudo foi feito em perfeito acordo com o atual presidente, Michel Temer, que desde o ano passado governa o Brasil depois de um “golpe parlamentar” que afastou Dilma Rousseff do governo. Temer considerou em 2016 vaquejadas e rodeios – outra prática cruel contra animais – patrimônios imateriais.
No último dia 31 de maio, a PEC da Vaquejada foi aprovada em segundo turno. Agora o Congresso terá que aprovar projeto de lei que regulamente a prática da vaquejada e que assegurem bem-estar aos animais. Uma das medidas é o uso de “rabos artificiais” para evitar que a cauda natural do boi seja arrancada.
É muito comum que, na derrubada do boi, a cauda do boi seja arrancada devido à extrema força usada pelo vaqueiro para derrubar o animal. Geralmente este “rabo” do animal é usado como troféu pelo vaqueiro autor desta cruel façanha. Organizadores de vaquejadas dizem que isso já é proibido.
Outra medida que terá que ser regulamentada para atenuar a crueldade das vaquejadas é o uso de esporas nos cavalos. A espora é usada pelos vaqueiros para que o cavalo corra mais e ajude na derrubada do boi. Também serão montadas bancos de areia para amenizar maus-tatos do boi durante a queda.
Apesar da aprovação da PEC, a luta de defensores de animais não vai parar por aí. O Forum Nacional de Defesa Animal já anunciou que entrará com nova ação no STF para proibir novamente as vaquejadas.  Defensores dos animais dizem que, apesar de eventuais mudanças, a prática continua cruel para bois e cavalos.
No Brasil são realizadas em torno de quatro mil vaquejadas, principalmente no Nordeste. Muitas delas são acompanhadas de shows de forró, mobilizam prêmios altíssimos para vaqueiros e empregam muita gente. Até São Miguel do Gostoso realiza vaquejadas, com os mesmos problemas aos animais de outras regiões do país.
Para os integrantes de órgãos de defesa de animais, a luta vai continuar porque a crueldade contra animais será apenas atenuada. O objetivo é fazer com que o STF, em novo julgamento, proíba definitivamente a prática de vaquejadas, a exemplo do que foi feito com as touradas em algumas regiões do Espanha. 
Vamos aguardar então os próximos capítulos desta guerra dos organizadores de vaquejadas contra entidades de defesas de animais. Mas que, acima de tudo, nesta luta está a defesa pelo fim da crueldade causadas a animais pela prática das vaquejadas. E os defensores dos animais se armam com novos cartazes nas redes sociais (veja foto acima) contra vaquejadas.
Abaixo, links com reportagens e repercussões sobre a PEC que voltou a aprovar a prática de vaquejadas.