terça-feira, 21 de julho de 2015

Cavalgada que marca emancipação de São Miguel do Gostoso causa problemas ambientais em seu trajeto



Por Emanuel Neri
Para evitar abrir novas frentes de conflitos – e de encrencas –, este blog não pretendia se manifestar sobre a cavalgada ocorrida no último domingo (19/7), entre Touros e São Miguel do Gostoso.
Como acontece todos os anos, a cavalgada (foto) encerra a semana de festejos da emancipação política (22 anos) de São Miguel do Gostoso, que antes pertencia a Touros. A cavalgada já é uma tradição na cidade. E as tradições locais devem ser preservadas – e respeitadas.
Mas o noBalacobaco reconsiderou sua decisão anterior e resolveu tratar da cavalgada. Até porque entende que os pontos negativos deste evento devem servir de reflexão – em especial para Prefeitura local e organizadores -, para que a cavalgada continue a existir sem causar tantos transtornos.
Para início de conversa, é importante dizer que os cavalos são minorias na cavalgada. Há apenas um pelotão de frente, formado por estes animais, mas a maioria mesmo dos participantes vai mesmo é de moto e carros tracionados. E grande parte do percurso é feito pela beira da praia.
E aí o principal problema causado pela cavalgada é mesmo ambiental. Durante grande parte do trajeto, a cavalgada deixa atrás dela um enorme rastro de lixo. São garrafas e latinhas de bebidas, restos de comida, sacos e garrafas de plástico e outros tipos de lixo acumulados no trajeto.
Na cavalgada do domingo passado, havia um grupo de garis que apanhava o lixo produzido pelos participantes. Até o cocô de cavalos era apanhado para não poluir as praias. Mas isso foi só no início do percurso, ainda em Touros. Antes de chegar a Cajueiro este cuidado virou uma bagunça generalizada.
Os garis da Prefeitura de São Miguel do Gostoso começaram a beber – alguns ficaram embriagados – e a bagunça foi grande. Ninguém estava nem aí para o lixo deixado para trás pela cavalgada. Aliás, a bebedeira é uma marca deste evento. Boa parte dos presentes quer mesmo é encher a cara.
Não bastasse o lixo, outro grande problema da cavalgada são os carros e motos na beira da praia. Nada é respeitado. Vegetação, fauna – tudo que tiver o azar de estar pela frente é destruído pelos pneus destes veículos. O pior é que São Miguel do Gostoso tem leis proibindo o trânsito nas praias.
Se não pode andar de carro em São Miguel do Gostoso, porque então a Prefeitura local permite que carros e motos da cavalgada trafeguem por outras praias, quase todas no município de Touros, e com presença de banhistas na orla?
Há outro problema sério. Durante todo o trajeto, há dezenas de “paredões de som” montados em carros que acompanham a cavalgada. O transtorno maior ocorreu na chegada a São Miguel do Gostoso. Todos estes “paredões”, com música altíssima, ficaram horas na praia da Xepa, ponto final do evento.
E aí virou um inferno a vida de quem mora nas imediações da praia da Xepa – inclusive turistas que estavam em pousadas - e não participavam da farra. Esta bagunça sonora na Xepa demorou até quase meia-noite. Polícia e Prefeitura não tomaram nenhuma iniciativa para pôr ordem na casa.
Algumas perguntas que se faz à Prefeitura e organizadores da cavalgada.
Por que não se aproveita o evento para introduzir cuidados ambientais? Por exemplo: por que não entregar a cada participante um saquinho de lixo e pedir para eles não jogarem o lixo na natureza? Por que não pedir para que as pessoas bebam com moderação, sem excessos como os que ocorreram durante a cavalgada?
Lembrem-se que as leis do país proíbem e punem duramente quem dirige embriagado veículos motorizados, pondo em risco a vida de outras pessoas.
Mais perguntas. Por que não restringir a cavalgada à utilização de animais, sem a presença de carros e motos? Mesmo que a presença fosse menor, a cavalgada seria muito mais representativa e autêntica. Mesmo assim, tem que ter cuidado com os animais – muitos deles passam o dia todo sem comida e água.
Por último, há ainda o total descuido com o trânsito na beira da praia, durante boa parte da cavalgada. Péssimo exemplo para uma Prefeitura que quer livrar São Miguel do Gostoso do perigoso e ofensor, do ponto der vista ambiental, trânsito na orla da cidade, motivo de preocupação de boa parte da população local.

19 comentários:

  1. Realmente se olharmos com olhos de pessoas civilizadas, veremos que a tradicional cavalgada entre amigos perdeu totalmente seu sentido, passando de um evento cultural a uma verdadeira zorra, bagunça, desordem ou seja lá o termo que se utilize para nomear esse desrespeito com o ambiental, social e cultural,onde tudo foi permitido. Muita bebida, veículos em alta velocidade, motos, paredões insuportáveis, total desorganização por parte dos organizadores. Passou de um evento cultural para apenas e simplesmente o que vocês viram. As poucas famílias com crianças que foram para esse "evento" se sentiam acuadas e ameaçadas com a loucura dos motoqueiros e motoristas irresponsáveis, o que era pra ser uma confraternização tornou-se um inferno, paredões com músicas horríveis, se é que podemos chamar aquilo de música. menores pilotando motos, bebendo, fumando... muita sujeira deixada para trás, vegetação e dunas destruídas, maus tratos com os animais... Lembrando que não estou aqui a dizer que sou contra a cavalgada, como o próprio nome diz; cavalgada, e se é cavalgada é com cavalos. Acredito que para um evento dessa natureza a prefeitura com o seu representante legal, deveria convocar os organizadores antecipadamente inclusive com a participação de autoridades policial e de representantes de instituições do meio ambiente e ONGs locais para se planejar qual a melhor maneira para se realizar a mesma. Deveria ser totalmente proibido a participação de qualquer veículo, sendo permitido apenas os de apoio. Na chegada na praia da Xêpa, teria um forró pé de serra com hora determinada para parar e todos os paredões proibidos de ligar, simples basta querer organizar as coisas.
    José Costa

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  2. Concordo plenamente com você Emanuel. Temos que prezar pelo nosso meio ambiente! Sem falar na bebedeira que pode causar acidentes envolvendo terceiros que não tem nada a ver com a cavalgada. Carros, na minha opinião, só de apoio. E a Prefeitura, ela tem que rever isso, já que é uma tradição.

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  3. Quero deixar claro que não sou pousadeiro para os ofendidos não começarem a agressão dizendo que queremos acabar com as tradições.
    Adoro ver o pessoal chegando da cavalgada com toda aquela energia mas justamente estava imaginando o sofrimento destes animais durante o dia todo e a sujeira deixada mas que vergonha os garis beberem e caírem na folia também!.A solução é fazer essa loucura num local específico para eles,longe da cidade onde moram as pessoas ''normais'',que não gostam de som alto e não chegar aqui atravancando o trânsito com os paredões de som,

    Roberval de Assis

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  4. Como o blog diz, a cavalgada é uma tradição de 16 anos, e deve ser respeitada, inclusive com suas adaptações. O blog só tem razão quanto a poluição ambiental. A prefeitura e os organizadores tem a obrigação de conscientizar os participante a não poluirem com lixo as praias, distribuir sacos de lixo e punir os poluidores. E por traz, fazer uma coleta do que sobrar. Também é errada a condução de veículos sob efeito do álcool.
    contudo não há qual quer vedação legal ao trânsito na orla de Touros e Gostoso. Diga-se que a lei municipal sobre isso é inconstitucional, pois somente ao governo federal cabe legislar sobre trânsito e transporte. E no Código de transito ou no Detran não há qualquer proibição.
    quanto ao som, respeitadono horário, não há problema. Aliás, sendo manifestação da cultura local, é de livre manifestação. Observado, claro, o bom senso.
    Resumindo, existem correções a serem feitas, e tomada de consciência sobre o meio ambiente, mas não há ilegalidade ou prejuízo irreparavel à comunidade local.
    Espero que publique, já que outros comentários em desacordo ao pensamento do blog, em outros casos, não foram publicados.

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  5. de cavalgada passou a ser mais um evento sem limites gente que bebe demais e dirigem embreagados muito lixo e gente fazendo bagunça

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  6. De cavalgada a rali de carros e motos, cavalgada deveria ser só de cavalos e não assim como aconteceu, se existe organizadores que se tomem as providências para o próximo ano, na organização tinha pessoas daqui de Gostoso e outras de Touros como Dr. Mário Junior, Amauri e Robinho, já virou bagunça é muita gente embriagada inclusive menores de idade, e até mesmo os organizadores aí fica difícil de manter um certo controle.

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  7. Concordo plenamente com o artigo!!

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  8. ótima matéria Emanoel,realidade exposta da cavalgada...... muita baixaria, falta de respeito, e falta de noção das pessoas no transito que virou um inferno.......

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  9. Vamos acabar com essas pousadas(Beira-Mar) aqui, pois estao causando problemas ambientais em smg, fala muito Emanuel, e o bloco da madame a qual Vc Emanuel participa todo ano no carnaval, em seu trajeto a praia da Xepa é a maior bagunça, muito lixo jogado ao chão e outra a cavalgada sempre foi assim, desorganizada mais é assim que a maioria quer, a cidade precisando de tantas coisas mais a maioria só pensa em FESTA e CURTIÇÃO. Tio Anonimo, Abraço a todos.

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  10. Faltou um pouco de pontuação, mas o comentário é bem claro. Tio Anônimo.

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    1. Verdade, digitei rápida! Abraço! Tio Anônimo.

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  11. sou adversária da prefeita mais só em botar pessoas que atendem bem no posto de saúde como Ana de zeary que chegamos doentes e com aquele sorriso carinhoso e vem e pergunta oq sente me sinto boa a mulher atende tem mão abençoada em medicação para Fafá toda cidade ama essa mulher que éramos tratados com desprezos hj vejo uma pessoa como Ana tratar todos tão bem que já cheguei lá doente sair boa por seu atendimento

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  12. Concordo com o comentário acima, Ana realmente e destaque de atendimento no posto de saúde. Clesio.

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  13. atençao secretaria de saúde existe um terreno baldio enfrente ao supermercado avelino na rua dos arrecifes que tem uma sucata de carros lá dentro isso traz mosquitos ,ratos e foco do mosquito da dengue pelo amor de Deus mande uma equipe até lá e retirem aquele lixo nós não podemos ficar assistindo um absurdo desse procurem saber quem é o responsável daquele terreno e façam o dono limpar porque está muito sujo

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    1. Sucata carros? Ou as ramadas que o vizinho do terreno Baldio, mais conhecido como "CRÚS", usa pra catar as lagostas do fundo do mar, o IBAMA ta na cola dele!

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  14. ahhhhhhhhhhhh bem bolado!

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  15. cavalgada boa mesmo,so organizada por luiz texeira,..mandava o caminhaõ bucar os cavalos do pessoal do distrito,..alem disso luiz texeira,dava caldo,cerveja,feijoada,premiaçaõ,aos cavaleiros,e forro na praia da xepa..isso sim e organizaçaõ.....essa cavalgada,com robinho,joaõ wilson,amauri..essa galera ai o povo naõ acredita neles naõ,pq nada que eles fala,eles cumprir

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  16. Sra. Carla Amorim,

    esse golpe já é conhecido,jogam o lixo no terreno dos outros para depois reclamarem e e cobrarem para retirar ,,,Golpe velho minha filha!!!!

    Dioclécio Targino

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  17. espero que a secretaria de saúde ou pessoas responsáveis pela limpeza urbana façam uma visita ao terreno baldio citado gostaria realmente que fosse retirado aquela sucata pois moro proximo e não quero sofrer as conseguencias que esse lixo em lataria está nos causando acho que estou fazendo minha parte que é comunicar através desse blog o que está acontecendo que existe uma sucata dentro de um terreno que eu não sei a quem pertence nem quem colocou esse material lá só quero que os orgaos competente tomem uma providencia e confio nos responsaveis por esse trabalho que com certeza irao resolver

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