quarta-feira, 25 de março de 2015

Agência de risco mantém nota positiva do Brasil e sinaliza que economia vai voltar a crescer em 2016



Por Emanuel Neri
Em meio às turbulências e incertezas sobre o futuro da economia do Brasil, surge uma notícia positiva que aponta na direção de que, a partir do próximo ano, o país retomará seu ritmo anterior de crescimento econômico.
Esta notícia positiva chegou esta semana via a Standard & Poor’s (S&P), agência internacional que classifica riscos de países e de empresas. No caso do Brasil, a S&P manteve o grau de investimento em “BBB-" o que significa que o país não apresenta riscos para investidores. Se a nota tivesse sido rebaixada, a situação seria bem pior.
Em outras palavras, a avaliação da S&P é uma espécie de selo de bom pagador para o Brasil – com isso, não há risco de calotes em investimentos no país. Ótima notícia porque havia muita gente que acreditava – e muitos até torciam, como é o caso de membros da oposição – para que a nota do Brasil fosse rebaixada.
Pois o comunicado da S&P não só manteve a nota anterior do Brasil, como prevê que a credibilidade do governo no campo econômico e político será “gradualmente restaurada”. A agência de risco vê o governo do Brasil no caminho certo para que haja a retomada do seu crescimento a partir de 2016.
Uma inciativa do governo que pesou nesta avaliação da S&P foi o pacote de ajuste fiscal que o governo enviou para o Congresso Nacional. Embora pese no bolso da população, por incluir aumento de tarifas e redução de gastos públicos, o ajuste fiscal tenta pôr a economia brasileira novamente nos eixos.
Nos últimos anos, especialmente durante os governos Lula (2003-2010), o Brasil experimentou ótimos índices de crescimento. Os maiores piques de crescimento ocorreram em 2004 (5,7%), 2007 (6,1%), 2008 (5,1%) e 2010 (7,5). Nos anos Dilma, no entanto, o PIB brasileiro cresceu em média 2% ao ano.
O crescimento baixo do PIB foi o primeiro sinal de que a economia brasileira estava em crise. Embora o país mantivesse bons níveis de emprego – com índices abaixo de 5%, o que significa pleno emprego -, a economia cresceu pouco e a inflação ameaçava fugir do controle. A crise internacional pesou neste quadro.
Agora, em seu segundo mandato, Dilma tentar recuperar o terreno perdido. Seu ministro da Fazenda, Joaquim Levy (foto), pilota no Congresso a aprovação do chamado ajuste fiscal, que tem como objetivo equilibrar as contas do Brasil. Isso significa que o país não pode gastar mais do que arrecada.
Mas este ajuste fiscal depende da aprovação do Congresso Nacional. Atualmente, Dilma e Levy negociam, com alguma dificuldade, a aprovação do ajuste fiscal. A avaliação da agência S&P fortalece a posição do governo – ou seja, sem a aprovação do pacote fiscal, não tem como o Brasil retomar seu crescimento.
No Brasil, infelizmente, ainda tem aquele tipo de gente – presente na política e em outros setores da sociedade – que acreditam na tese do quanto pior melhor. É fato que o governo está enfrentando uma seríssima crise política, agravadas pelas denúncias de irregularidades na Petrobrás.
Mas o Brasil tem boas chances de voltar a crescer. Só nesta quarta-feira (25/3), a Petrobrás cresceu 5% na Bolsa de São Paulo, puxando o índice da Bolsa para cima. E se o crescimento começar a ser retomado, como prevê a agência de risco Standard & Poor’s, todo o país se beneficiará.
Agora é esperar pela votação do ajuste fiscal no Congresso. Se for aprovado, fica aberto o caminho para o Brasil reequilibrar suas contas – receita versus despesa – e voltar a crescer.
Abaixo, links sobre a avaliação da Agência Standar & Poor’s e outros dados sobre a economia do Brasil.

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