Por Emanuel
Neri
Em meio às
turbulências e incertezas sobre o futuro da economia do Brasil,
surge uma notícia positiva que aponta na direção de que, a partir do próximo
ano, o país retomará seu ritmo anterior de crescimento econômico.
Esta notícia
positiva chegou esta semana via a Standard
& Poor’s (S&P), agência internacional que classifica riscos de países e
de empresas. No caso do Brasil, a S&P manteve o grau de investimento em
“BBB-" o que significa que o país não apresenta riscos para investidores. Se a nota tivesse sido rebaixada, a situação seria bem pior.
Em outras
palavras, a avaliação da S&P é uma espécie de selo de
bom pagador para o Brasil – com isso, não há risco de calotes em investimentos
no país. Ótima notícia porque havia muita gente que acreditava – e muitos até
torciam, como é o caso de membros da oposição – para que a nota do Brasil fosse
rebaixada.
Pois o
comunicado da S&P não só manteve a nota anterior do
Brasil, como prevê que a credibilidade do governo no campo econômico e político
será “gradualmente restaurada”. A agência de risco vê o governo do Brasil no
caminho certo para que haja a retomada do seu crescimento a partir de 2016.
Uma
inciativa do governo que pesou nesta avaliação da S&P
foi o pacote de ajuste fiscal que o governo enviou para o Congresso Nacional.
Embora pese no bolso da população, por incluir aumento de tarifas e redução de
gastos públicos, o ajuste fiscal tenta pôr a economia brasileira novamente nos
eixos.
Nos últimos
anos, especialmente durante os governos Lula (2003-2010), o Brasil
experimentou ótimos índices de crescimento. Os maiores piques de crescimento
ocorreram em 2004 (5,7%), 2007 (6,1%), 2008 (5,1%) e 2010 (7,5). Nos anos
Dilma, no entanto, o PIB brasileiro cresceu em média 2% ao ano.
O
crescimento baixo do PIB foi o primeiro sinal de que a economia
brasileira estava em crise. Embora o país mantivesse bons níveis de emprego –
com índices abaixo de 5%, o que significa pleno emprego -, a economia cresceu pouco
e a inflação ameaçava fugir do controle. A crise internacional pesou neste quadro.
Agora, em
seu segundo mandato, Dilma tentar recuperar o terreno perdido.
Seu ministro da Fazenda, Joaquim Levy (foto), pilota no Congresso a aprovação do chamado
ajuste fiscal, que tem como objetivo equilibrar as contas do Brasil. Isso
significa que o país não pode gastar mais do que arrecada.
Mas este
ajuste fiscal depende da aprovação do Congresso Nacional.
Atualmente, Dilma e Levy negociam, com alguma dificuldade, a aprovação do
ajuste fiscal. A avaliação da agência S&P fortalece a posição do governo –
ou seja, sem a aprovação do pacote fiscal, não tem como o Brasil retomar seu
crescimento.
No Brasil,
infelizmente, ainda tem aquele tipo de gente – presente na política e em outros
setores da sociedade – que acreditam na tese do quanto pior melhor. É fato
que o governo está enfrentando uma seríssima crise política, agravadas pelas
denúncias de irregularidades na Petrobrás.
Mas o Brasil tem boas
chances de voltar a crescer. Só nesta quarta-feira (25/3), a Petrobrás cresceu
5% na Bolsa de São Paulo, puxando o índice da Bolsa para cima. E se o
crescimento começar a ser retomado, como prevê a agência de risco Standard
& Poor’s, todo o país se beneficiará.
Agora é
esperar pela votação do ajuste fiscal no Congresso. Se for
aprovado, fica aberto o caminho para o Brasil reequilibrar suas contas –
receita versus despesa – e voltar a crescer.
Abaixo,
links sobre a avaliação da Agência Standar & Poor’s
e outros dados sobre a economia do Brasil.
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