segunda-feira, 7 de julho de 2014

"O Brasil já ganhou a Copa", diz influente jornal britânico ao reconhecer êxito da Copa no país

A Copa no Brasil contribuiu para que surgisse uma série de críticas ao comportamento da mídia brasileira. Jornais e TVs foram catastróficos com a Copa. Tudo ia dar errado. As informações eram péssimas - era como se o Brasil não tivesse competência para organizar a Copa, que os estádios não estariam prontos e que havia riscos para os turistas estrangeiros no país.
Um viés político-eleitoral da mídia, segundo analistas, estava por trás deste  derrotismo que acabou também por contaminar a imprensa estrangeira.
Mas tudo isso mudou quando a bola começou a rolar. Primeiro a imprensa internacional reconheceu o excelente nível de organização em torno da Copa. A alegria do brasileiro (foto) completou a convicção de que esta é a melhor Copa de todos os tempos. Aí a mídia brasileira começou a mudar.
Uma série de artigos rolam pela Internet criticando o comportamento derrotista da mídia brasileira. Um deles é do jornalista Paulo Nogueira, do blog http://www.diariodocentrodomundo.com.br/, que analisou criticamente um artigo do jornal britânico Financial Times. O título do artigo do jornal era "O Brasil já ganhou a Copa", que reconhece enorme êxito na Copa do Brasil.
Veja abaixo o comentário do jornalista Paulo Nogueira:


"Um artigo do Financial Times circula nestes dias pela internet. O título é: “O Brasil já ganhou a Copa”.
Ao contrário de textos do FT críticos à política econômica do governo, este não é objeto de exaustiva repercussão na mídia e seus comentaristas.
Regra número 1: a mídia repercute apenas notícias negativas, numa seleção minuciosa que não admite exceções.
O artigo do FT sublinhava o que já é de amplo conhecimento: a Copa foi um triunfo.
A extraordinária surpresa se deveu menos aos fatos, em si, e mais à campanha feroz movida pela imprensa.
Num dos momentos apoteóticos dessa campanha, Jabor disse que o Brasil   mostraria sua incompetência em organizar um evento de tal magnitude.
Mesmo jornalistas de outra natureza que não a de Jabor se deixaram contaminar pelo sentimento apocalíptico. Poucas semanas antes da estreia do Brasil, depois de visitar o Itaquerão num jogo do Corinthians, Juca Kfouri previu, na ESPN, o caos.
O FT falou naquilo que todos sabem: os brasileiros são um povo encantador. O francês rosna para você. O inglês ignora você. O brasileiro sorri e dá um tapa nas suas costas.
Para os jornalistas estrangeiros, e os turistas, cobrir a Copa nas cidades com praias foi uma experiência única. “A Copa tem que ser sempre no Brasil” foi uma frase várias vezes repetida.
Também para os jogadores estrangeiros o Brasil foi, em geral, uma festa. Viralizou um vídeo em que futebolistas alemães torciam num hotel, ao lado de brasileiros, na disputa de pênaltis entre Brasil e Chile.
O ganho em termos de imagem para o Brasil é inestimável. A “publicidade” gratuita que a mídia internacional deu ao país com seus textos e vídeos não tem preço.
Não é que o Brasil tenha passado por uma metamorfose súbita na Copa. É que a mídia, já faz um bom tempo, retrata um país que não existe.
É a Banânia, uma terra da qual devemos todos nos envergonhar. Segundo a mídia, somos corruptos, somos infames, somos linchadores, somos violentos, somos canalhas, somos ignorantes.
Falta alguma coisa? Ah, sim: somos feios.
O Brasil monstruoso da mídia não é, evidentemente, uma obra do acaso. O objetivo é convencer os incautos de que, com outra administração, viraremos um paraíso, mais ou menos como o Brasil que a Globo mostrava na ditadura militar.
Ou, tirados os exageros, como o Brasil sob a ótica dos jornalistas, turistas e jogadores estrangeiros que vieram para a Copa.
O país tem desafios monumentais para se tornar uma sociedade avançada, é certo. Os extremos de opulência e miséria ainda são intoleráveis, a despeito da redução da desigualdade verificada nos últimos anos.
Um “choque de igualdade” tem que percorrer o país.
Mas não somos a Banânia da mídia.
Melhor: a Banânia está representada apenas numa área. Na própria imprensa. A mídia brasileira é, em si, a Banânia que, ardilosamente, ela finge que o Brasil é."

8 comentários:

  1. Nada disso que já ganhou a copa, queremos que ele ganhe sim, mas para isso é preciso vencer o próximo jogo e consequentemente passando para final e vencer também, outros países que fizeram a copa também não venceram, e como pode ter ganho se ainda não terminou?, para isso acontecer só existe uma razão é vencer dentro de campo e mais nada, muito bom para nós que o Brasil tenha feito uma bonita copa do mundo, mas a saúde do nosso povo continua na mesma, como também não temos segurança e uma Educação de qualidade para nosso filhos.

    ResponderExcluir
  2. Final Brasil e Argentina. Argentina 2 e o Brasil 1.

    ResponderExcluir
  3. Tinha que ser jornal britânico. Como dizemos no Brasil. Foi tudo para inglês ver. Porque para brasileiro que nem pode ir aos estádios e mais uma vez perdeu para e elite de todos esses políticos que foram aos estádios e os ricos que fazem a casadinha com os eles. Agora os estrangeiros a culpa foi da nossa elite de politicos que fez tudo mesmo para eles verem. Manda quem pode e obedece quem tem juízo.

    ResponderExcluir
  4. Vejam abaixo reportagem publicada pelo jornal britânico Financial Times, elogiando a Copa do Brasil:

    Texto entitulado de “Por que o Brasil já ganhou” foi publicado neste domingo - Reprodução

    RIO - A Copa do Mundo do Brasil é a melhor dos últimos tempos. E o país-sede e os brasileiros tem parcela significativa de crédito pelo sucesso do Mundial. A atual edição do evento teria se notabilizado, inclusive, como “uma Copa do Mundo onde não há medo”. Esta foi a avaliação feita pelo Financial Times em coluna publicada neste domingo no jornal inglês.

    O texto entitulado de “Por que o Brasil já ganhou”, assinado por Simon Kuper, tece elogios ao Brasil e ao povo, a ponto do jornalista parafrasear declaração do treinador nigeriado Stephen Keshi após a eliminação da equipe, dizendo que "até agora foi tudo maravilhoso", e que, por isso, teria-se a tarefa de "determinar exatamente por que, para que possamos engarrafar o sentimento brasileiro e reutilizá-lo na Rússia em 2018 e no Qatar em 2022".

    Kuper, que acompanhou sete copas do mundo, diz que um dos elementos para o sucesso do Mundial, além do futebol ofensivo apresentado pelas seleções, é o Brasil. O sol quente e as praias seriam fatores determinantes para o êxito da competição - "quando você passa sua primeira tarde de folga em 20 dias caminhando por Copacabana, percebe que uma praia de primeira linha deveria ser elemento compulsório em todas as futuras Copas do Mundo, da mesma forma que estádios de primeira linha", afirma ele.

    Logo em seguida, volta os comentários elogiosos aos brasileiros, chamando-os de "elemento de que qualquer futura Copa não deveria prescindir". O Brasil, na visão do jornalista, é "um país onde quase todo mundo é agradável", cujo povo estaria submetendo-o por "um curso de um mês sobre como administrar a raiva".

    "(...) convivendo com os brasileiros você aprende a aceitar graciosamente as dificuldades. O táxi que você pediu para levá-lo correndo ao aeroporto não veio? Agora você está preso em um congestionamento? Acomode-se e relaxe", escreveu Kuper.

    Ele, que afirma ter recebido como recomendação da esposa o conselho "não seja morto" ao vir para a cobertura da Copa, elogiou a falta de medo sentida nesta edição do Mundial.

    "Outro prazer: esta é uma Copa do Mundo onde não há medo. Os primeiros torneios a que assisti aconteceram sob um medo obsessivo de torcedores arruaceiros. (...) As Copas do Mundo posteriores ao 11 de setembro viveram à sombra de um medo excessivo de terroristas. A Copa do Mundo de 2010 foi maculada pelo medo excessivo quanto ao crime na África do Sul", diz o texto, acrescentando:

    "(...) O índice de homicídios é alto no Brasil, ainda que a coisa mais arriscada que você pode fazer no país provavelmente seja dirigir. Mas as coisas parecem mais seguras nas áreas turísticas, que vivem repletas de policiais. De noite, São Paulo e o Rio estão repletas de pessoas, enquanto Joanesburgo praticamente fecha. Não sei se isso acontece porque o Rio e São Paulo são mais seguras, mas de qualquer jeito é agradável".


    Read more: http://oglobo.globo.com/brasil/financial-times-copa-do-brasil-a-melhor-dos-ultimos-tempos-13157073#ixzz36srqeegD


    Read more: http://oglobo.globo.com/brasil/financial-times-copa-do-brasil-a-melhor-dos-ultimos-tempos-13157073#ixzz36srEvJSa

    ResponderExcluir
  5. Só mudando um pouco do assunto seria importante que esse blog informasse a população do nosso Município que a Administração passada teve as contas rejeitadas pelo TCE - Tribunal de Contas do Estado, será que o nosso povo não deve saber disso?, afinal esse blog é um grande canal de informações para a nossa população, e o povo também precisa saber desses fatos.
    Luiz.

    ResponderExcluir
  6. Só pra lembrar. Todos os posts são lidos, inclusive os que você não aprova.

    ResponderExcluir
  7. E agora Brasil....... Não Alemanha sim.........

    ResponderExcluir
  8. Copa das Copas para a Alemanha e agora só nos resta pagar tudo que foi gasto com a Copa e mais uma vez quem paga a conta é o povo pobre e sofredor. Lamentável

    ResponderExcluir