terça-feira, 29 de abril de 2014

Jogador de futebol do Brasil sofre ato racista e come uma banana em protesto; milhares o apoiam no país



Por Emanuel Neri
Foi mais um odioso gesto de racismo nos campos de futebol da Europa. No último domingo (27/4), na Espanha, o jogador Daniel Alves, do Barcelona – e titular da Seleção Brasileira – preparava-se para bater um escanteio, no jogo contra um outro time espanhol, o Villareal, quando  um torcedor jogou uma banana aos seus pés.
Daniel Alves, que é negro – como a grande maioria dos jogadores brasileiros de futebol – não se abalou com o ato racista. Em um gesto inesperado, abaixou-se, pegou a banana, e a comeu (foto). No final do jogo, recebeu o apoio de Neymar, companheiro do Barcelona e também da Seleção Brasileira.
“Tomaaaaaa bando de racistas!”, escreveu Neymar em sua página do Twitter. Não satisfeito, deu para os racistas uma popularíssima “banana” – aquele gesto, bem brasileiro, em que a pessoa ergue um antebraço e toca nele com a mão do outro braço. Somos todos macacos. E daí?”, acrescentou Neymar.
O gesto de Neymar, em defesa de Daniel Alves e em repúdio a mais um ato racista nos campos de futebol, pegou nas redes sociais como um rastilho de pólvora. De repente, milhares de pessoas começaram a se fotografar dando uma “banana para o racismo”. O tema dominou as redes sociais nesta segunda-feira.
Imediatamente foi criada a hashtag #somostodosmacacos. Hashtag é uma espécie de palavra chave para destacar um determinado tema no Twitter – também usado no Facebook e Instagran. Outra forma de protesto foram fotos de milhares de pessoas comendo banana, seguido da hashtag: #somostodosmacacos.
Até a presidenta Dilma Roussef usou sua página no Facebook para se manifestar contra o racismo. “Vamos mostrar que nossa que nossa força, no futebol e na vida, vem da nossa diversidade étnica e dela nos orgulhamos”, escreveu Dilma. Em todo o Brasil, artistas e políticos também se manifestaram.
Já há até uma camiseta com o hashtag #somostodosmacacos para ser vestida por pessoas que queiram se manifestar contra o racismo. O apresentador de TV Luciano Huck mandou fazer a camiseta. Mas isso também pegou muito mal. É que Huck está cobrando R$ 69,00 por cada camiseta.
O racismo é um gesto abominável que mererce ser combatido por todos. No caso do jogador do Villareal, ele foi banido, para o resto da vida, dos estádios de futebol. Mas o próprio Daniel Alves acredita que este tipo de punição não funciona. O fato é que o racismo está entranhado na alma de muita gente.
Mas o Brasil vai ter uma grande oportunidade de se manifestar contra o racismo durante a Copa do Mundo de Futebol, que começará em junho. Embora também já tenha havido manifestações racistas no futebol brasileiro, o gesto de Daniel Alves, comendo a banana atirada contra ele, pegou forte no país.
Manifeste-se você também contra mais este gesto odioso do racismo. Faça uma fotografia sua, pelo celular, dando uma "banana" para os racistas - ou posando comendo banana - e escreva a hashtag #somostodosmacacos. Divulgue esta foto em sua rede social - no Facebook, Twitter ou Instagran. Abaixo o racismo!
Veja, abaixo, links sobre o gesto de Daniel Alves contra o racismo e enorme repercussão nas redes sociais.

domingo, 27 de abril de 2014

Projeto da lagoa do Cardeiro é polêmico, mas deve ser discutido para melhorar e trazer benefícios a Gostoso



Por Emanuel Neri
O tema é polêmico – e por isso deve ser discutido exaustivamente. Trata-se do Parque Lagoa do Cardeiro, em São Miguel do Gostoso e cujo projeto inicial já foi elaborado por um escritório especializado, mas que ainda será submetido a audiências públicas e aprovação do Idema, o órgão ambiental do RN.
A lagoa do Cardeiro (foto) onde a prefeitura de São Miguel do Gostoso pretende construir o parque, é um santuário ecológico da cidade. Mas não há dúvidas de que o projeto, desde que implantado de acordo com normas de respeito à natureza, será um importante equipamento de lazer para moradores e turistas. Então por que não discutir o plano e fazer dele um projeto melhor?
Sempre que se fala deste parque da lagoa do Cardeiro há uma enorme discussão em torno da idéia. É como se o projeto fosse acabar com o meio ambiente e o ecossistema da região. Mas um projeto ali, se bem feito, vai ajudar a preservar a lagoa, especialmente contra as invasões atuais e tráfego de veículos.
Há muita discussão equiovocada em torno desta obra. Vejamos alguns deles:
1)Se construído, o Parque da Lagoa do Cardeiro não vai servir só aos turistas. Vai servir principalmente aos moradores de São Miguel do Gostoso, que terão ali um excelente equipamento para esporte e lazer.
2)O parque não vai tirar outras prioridades da cidade. É claro que educação, saúde e segurança são prioridades. Segurança é responsabilidade do governo estadual, cabendo à prefeitura o papel de colaborador. Educação e saúde têm verbas especificas do governo federal e já chegam “carimbadas” para este fim.
3)Isso significa  que o parque não vai tirar um centavo sequer da educação e saúde, como também da segurança. A verba para um parque deste tipo vem do orçamento do Minsitério do Turismo. Por isso, há a necessidade de se elaborar um projeto, o que foi feito, para poder fazer a captação de recursos.
4)Muita gente acha que o dinheiro para as ações municipais faz parte de um “bolo” único. Isso é um equivoco. Saúde e educação, por exemplo, tem verbas de acordo com o tamanho da população. Há outros itens municipais que recebem dinheiro por este mesmo critério – tamanho da população.
5)Mas há inúmeras outras atividades municipais que podem receber dinheiro do governo federal – como é o caso de obras de saneamento, infraestrutura, habitação, entre outros – cujo dinheiro chega de acordo com projetos apresentados ao governo. É o caso também de verbas para desenvolver o turismo.
6)E o projeto da Lagoa do Cardeiro sai do orçamento federal do desenvolvimento do turismo. Um dinheiro que é destinado para este fim não pode ser desviado, por exemplo, para gastos com educação e saúde. Se o gestor público – prefeito ou govrnador – fizer isso, pode responder por improbidade adiminsitrativa.
7)Então a população precisa entender esta questão. Se a prefeitura não fizer projetos para captar recursos para obras de turismo, como o da lagoa do Cardeiro, não significa que vai aumentar a verba para educação, saúde e outras necessidades básicas da população. Cada projeto tem um foco específico.
Fora estas questões, é partir agora para a discussão do projeto e suas consequências. A prefeitura promete fazer audiências públicas, na Câmara Municipal, para discutir o tema  com vereadores e população. Então quem tiver dúvidas – e quiser fazer sugestões – deve comparecer a estas audiências.
Mas não se pode ser contra simplesmente porque “não concorda” com qualquer iniciativa que tente interferir na Lagoa do Cardeiro – ou qualquer outra área de preservação ambiental. Se for asim, não se faz nada – e iniciativas que podem trazer benefícios para a população jamais serão feitas.
É comum resistências deste tipo partirem de ambientalistas inconsequentes, que discordam de tudo o que é progresso – também chamados de “ecochatos”. Este blog discorda de pontos do parque – e vai lutar por mudanças -, mas concorda com o projeto por entender que ele trará benefícios para turistas e população.
O noBalacobaco apoia tudo que for bom para Sao Miguel do Gostoso, desde que elaborado com regras que respeitem o meio ambiente e o ecossistema da região.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Calçadão na Arrecifes e Parque da Lagoa do Cardeiro, projetos que podem mudar São Miguel do Gostoso



Por Emanuel Neri
Pelo menos dois grandes projetos para São Miguel do Gostoso estão sendo planejados pela prefeitura local. Um deles pode sair nos próximos meses – é o calçadão no trecho inicial da avenida dos Arrecifes. O segundo, mais ambicioso, é o Parque da Lagoa do Cardeiro, que pode demorar mais para ser feito.
O calçadão, para o qual já há R$ 2 milhões liberados pela Caixa Econômica Federal, deve entrar brevemente em processo licitatório e, se tudo correr bem, deve ser iniciado em no máximo em três meses. A primeira parte do projeto vai do pórtico da entrada da cidade até a altura do Supermercado Vital.
O calçadão será construído nas duas laterais da pavimentação da avenida dos Arrecifes. Em alguns trechos, ele terá até oito metros de largura. Em outros, mais estreito, terá em torno de três metros. Em toda a sua extensão haverá áreas de convivência, com praças e paisagismo.
Um ponto alto deste projeto é a ciclofaixa que será feita nas duas extremidades da pavimentação. A via contará com faixas e desenhos de bicicletas no piso, sinalizando que aquele trecho é exclusivo para esta modalidade de transporte. Haverá discreta divisória separando esta via da de carros.
Numa segunda fase, a prefeitura pretende estender este calçadão para o restante da avenida dos Arrecifes – o trecho que vai do Supermercado Vital até o final do bairro do Maceió. Mas esta fase ainda deve demorar mais um pouco porque não há ainda disponibilidade de recursos para este trecho.
Lagoa do Cardeiro
O Parque da Lagoa do Cardeiro (foto de Marcelo Mioti) vai contar com área de recreação e faixas para uso de biclicletas e pedestres. Este trecho circulará em torno de toda a lagoa e terá cerca de três mil metros de extensão. Haverá espaços destinados a práticas esportivas, como vôlei e futevôlei, futebol e skate.
O projeto para este parque já está em fase final e foi elaborado pelo escritório do urbanista Aldo Tinoco, ex-prefeito de Natal. Ele prevê a construção de quiósques nas duas extremidades da lagoa – um deles na praia do Cardeiro, onde já existe uma praça e restaurantes, como o Shake e Maria Bonita.
O outro ponto com quiósques – para venda de água de coco e pequenos lanches – será na altura da última entrada da Praia do Santo Cristo, a que dá acesso ao bar Doctor Wind. O trecho que hoje dá acesso àquela praia terá uma ponte pra que a lagoa do Cardeiro não sofra interrupção, como é atualmente.
Também haverá uma ponte na parte da lagoa que dá acesso ao mar, na praia do Cardeiro – conhecida por “boca da barra”. Issso evitará que as pessoas que estejam circulando de bicicleta ou a pé não tenham que passar por dentro da lagoa, principalmente quando ela estiver cheia.
Na altura da praia do Cardeiro, haverá uma pequena ilha, ligada à lateral da lagoa por uma ponte. Também haverá uma espécie de pier para quem pratica esportes náuticos como o stand-up. Com isso, os usuários deste esporte põem suas pranchas direto na lagoa. Alguns trechos da lagoa serão escavados.
Um dos pontos polêmicos do projeto é uma espécie de calçadão que ligará as praias do Cardeiro e da Xepa, que também pasará por resetruturação, principalmente em suas quadras esportivas. Ali tambéms serão feitos novo quiosques e as quadras esportivas serão tansferidas para a praia do Cardeiro.
Este calçadão é polêmico porque se trata de uma via de concreto, embora estreita, que pasará margeando os terrenos que existem hoje entre as praias do Cardeiro e da Xepa. O ideal é que esta ligação fosse feita de madeira, com corrimão também de  madeira, para não interferir muito no meio-ambiente.
O projeto já foi apresentado a técnicos do Idema – o órgão ambiental do Rio Grande do Norte -, mas ainda não há uma avaliação técnica deste órgão.
Bom, é claro que todo este projeto do Parque da Lagoa do Cardeiro ainda está no papel. A prefeitura pretende fazer audiências públicas para que a população discuta o projeto. Mas é claro que, embora com possiveis alterações, este parque será uma importante área de lazer e grande atração túristica da cidade.    

terça-feira, 22 de abril de 2014

Páscoa em São Miguel do Gostoso foi excepcional, mas a falta de cartões de crédito prejudica turismo



Por Emanuel Neri
O feriado da Páscoa em São Miguel do Gostoso (foto à esquerda) foi excepcional. Pousadas, bares, restaurantes e comércio – em especial supermercados – funcionaram a todo vapor. Há informações de que havia mais gente no feriado da Páscoa do que no Carnaval. Mas o turismo da cidade continua falho em um ponto, fundamental para quem visita a cidade.
É que, apesar dos sinais evidentes da consolidação do destino turístico de São Miguel do Gostoso, muitos dos bares e restaurantes da cidade continuam sem operar com cartões de crédito e de débito. E isso causa enorme transtorno para os turistas desavisados, que chegam aqui sem saber desta restrição.
A falta de cartões de crédito e de débito em boa parte dos restaurantes e bares continua sendo o ponto falho do turismo de São Miguel do Gostoso. Nesta Páscoa, muitas pessoas procuraram as pousadas para reclamar da falta de opção de poder pagar suas despesas com cartões bancários.
Uma cidade que quer consolidar seu destino turístico não pode ir prá frente sem consertar esta enorme falha. Hoje em dia até se criou a expressão “dinheiro de plástico” para definir o uso de cartões de crédio e de debito para o pagamento de despesas. Esta é uma realidade em todo o mundo.
Mas em São Miguel do Gostoso é diferente. A maioria das pousadas e supermercados já opera com cartões. Mas há grande quantidade de bares e restaurantes que não aceitam esta modalidade de pagamento. Talvez a metade dos restaurantes e bares da cidade ainda resista ao uso de cartões bancários.
E isso causa sérios problemas para o turista que visita a cidade – e estraga, poe consequência, a boa imagem do turismo de São Miguel do Gostoso.
Veja como isso é um dado complicador em uma cidade como São Miguel do Gostoso. A cidade não tem agências bancárias – há apenas um posto do Bradesco onde só os clientes deste banco podem fazer saques. O posto do Banco do Brasil foi explodido por bandidos há meses e ainda não foi consertado.
Este problema afeta enormemente a vida do turista que vem a São Miguel do Gostoso e que tem que pagar suas despesas com dinheiro em espécie. A questão segurança também pesa. Hoje ninguém quer mais andar com muito dinheiro no bolso  por questões de segurança – a opção é o uso de cartões.
Esta é uma questão prá lá de contraditória. Os comerciantes de bares e restaurantes querem faturar com o turismo da cidade, mas se negam a facilitar a vida do turista ao não aceitarem em seus estabelecimentos cartões bancários. Qual o motivo da resistência para uma decisão que colabora com o turismo?
É claro que, em geral, sem os cartões de crédito e de débito estabelecimentos se omitem do pagamento de seus impostos. Cartões são um medidor importante para se saber o faturamento de estabelecimentos comerciais. Sem cartões, não há como o governo controlar o volume da receita gerado nesta atividade.
É fato que há muitos bares e restaurantes em São Miguel do Gostoso que adotam cartões. Mas pelo menos metade de outros estabelecimentos similares da cidade não adota esta prática. Bem que a Receita Federal poderia fazer uma fiscalização para ver se há sonegação de impostos.
É importante também que a Prefeitura de São Miguel do Gostoso e a AEGostoso – a associação de empreededores da cidade – passam a ver esta questão com mais cuidado. A falta de cartões de crédito nestes estabelecimentos causa um forte impacto negativo na imagem do turismo local.
O noBalacobaco não vai citar aqui quais os estabelecimentos comerciais –principalmente bares e restaurantes – que, espertamente ou por omissão, se recusam a operar com cartões. Mas este espaço está aberto para quem quiser reclamar contra aqueles que não querem colaborar com o turismo da cidade.
O fato é que chegou a hora de São Miguel do Gostoso encarar sua principal atividade econômica, que é o turismo, com mais responsabilidade. O turismo só vai prá frente com profissionalismo – e se criar condições para que o turista se sinta confortável na cidade. Os maus comerciantes não ajudam nesta tarefa.