Por
Emanuel Neri
Aviso
aos valentões de São Miguel do Gostoso. A eleição
para a escolha da pessoa que ocupará a prefeitura da cidade, no próximo dia 7
de outubro, deverá contar com reforço de tropas federais para evitar tumultos e
agressões.
O
pedido de tropas
federais deve ser enviado nos próximos dias, pela Justiça Eleitoral e a
Secretaria de Segurança Pública do Estado, para o Tribunal Superior Eleitoral.
Geralmente este reforço é feito por tropas do Exército.
A
campanha eleitoral
de São Miguel do Gostoso tem atingido elevados níveis de radicalismo. Já houve
casos de tentativas de agressão, como a que aconteceu no distrito da Baixinha,
há algumas semanas, contra carreata de Fátima Dantas.
Partidários
do candidato da oposição fizeram uma barreira humana, para que a carreata da
adversária não passasse. Por pouco o prefeito não foi agredido. Há registros de
agressões a outras pessoas que acompanhavam a carreata.
No
último final de semana, um jovem partidário da campanha
de Fátima Dantas foi ameaçado de ser esfaqueado em um comício do candidato da
oposição, no distrito dos Morros. Há muitos registros de enfrentamentos na
cidade.
Também
há denúncias de agressividade do lado dos apoiadores da candidata da situação.
Em uma carreata de mulheres da oposição, há alguns dias, também houve ameaças.
Os ânimos estão acirrados dos dois lados da disputa.
Para
que esta agressividade não atinja níveis incontroláveis no
dia da eleição, a Justiça Eleitoral está pedindo reforço de tropas federais. O
Rio Grande do Norte é um dos Estados que mais tem pedido reforço de tropas para
a próxima eleição.
É
lamentável que a intolerância eleitoral chegue a este nível.
A democracia pressupõe divergências, discussão de idéias, críticas e defesa de
um ou outro candidato. Mas não se aceita que esta disputa extrapole para a
agressividade.
A
violência eleitoral mostra o estado primitivo de algumas regiões
nas quais as disputas eleitorais tendem o fugir do controle. São Miguel do
Gostoso infelizmente está vivendo esta situação. É preciso calma para se superar
isso.
É
fundamental que os dois concorrentes à prefeitura
local – Fátima Dantas (PMDB) e José Renato (PSD) – orientem seus seguidores a
manterem a calma e respeitarem o
resultado das urnas. É assim que se faz democracia.
Eleição
não
se ganha no grito nem na troca de sopapos. Ganha-se eleição com argumentos, com
um bom programa de governo, com apoio de lideranças regionais e nacionais e,
principalmente, com o voto da maioria dos eleitores.
Qualquer
que seja o resultado da eleição, o nome vitorioso tem que ter o respeito de
todos. E aí é hora de esquecer as divergências e torcer para que a próxima
administração impulsione o crescimento e traga benefícios para todos.
A
oposição sempre vai continuar existindo. Mas tem que ser
exercida no lugar certo -a Câmara Municipal ou em outros fóruns adequados -,
com os vereadores que, embora eleitos, fazem parte do bloco da minoria. Isso é
democracia.
Veja,
no link abaixo, informações sobre outras ocorrências radicais na campanha
eleitoral de São Miguel do Gostoso.