sábado, 23 de junho de 2012

A história da jovem que, depois de ser torturada e humilhada na prisão, tornou-se presidenta do Brasil


Por Emanuel Neri
A história que se segue é muito interessante e mostra as voltas que a vida é capaz de dar. No dia 16 de janeiro de 1970, uma jovem mineira, chamada Dilma Vana Rousseff, então com 22 anos, foi presa por militares, em São Paulo.
Esta jovem fazia parte de organizações políticas de esquerda – em sua maioria formada por estudantes e sindicalistas - que lutavam contra a terrível  ditadura militar que se instalou no Brasil em 1964 e que se estendeu até 1985.
Durante três anos, a jovem mineira (veja sua foto, na prisão) foi barbaramente torturada nos porões de presídios da ditadura militar. A democracia no Brasil foi restabelecida em 1985 e só em 1989 houve a primeira eleição pós-ditadura para presidente da República.
Pois 40 anos depois esta jovem tornou-se a primeira mulher a presidir o Brasil e é a chefe suprema das Forças Armadas, que abrigaram na ditadura os militares que a maltrataram violentamente em prisões de São Paulo, Rio e Minas.
A história da tortura de Dilma Rousseff, que já era do conhecimento dos brasileiros, apareceu com muito mais detalhes esta semana na imprensa, via Correio Braziliense. Gaças à Lei de Acesso à Informação, foi divulgado depoimento que ela prestou em 2001.
Durante os três anos em que esteve presa, Dilma sofreu as piores humilhações a que um ser humano pode ser submetido. Recebeu choques elétricos, foi pendurada no “pau-de-arara”, apanhou com palmatória e levou socos no rosto.
“Encarei a morte e a solidão”, disse Dilma, no depoimento de 2001, prestado a órgãos de Direitos Humanos. “Lembro-me do medo quando minha pele tremeu”, afirma. Dilma sofreu graves hemorragias internas por causa das torturas.
Em uma das sessões de torturas, um militar deu um soco tão violento, em seu rosto, que chegou a afetar sua arcada dentária. Um dos dentes ficou torto e apodreceu. Algum tempo depois, recebeu um novo soco na boca e o dente caiu.
Mas um dos piores momentos vividos por aquela jovem – bonita e vaidosa – foi quando enfrentou uma encenação de fuzilamento. “Você vai ficar deformada e ninguém vai te querer”, disse o torturador. “Você vai virar presunto”, afirmou.
Depois que estes dados vieram à tona, na semana passada, Dilma relembrou para jornalistas sua sofrida história com a mesma coragem com que enfrentou seus torturadores. “Nem ódio, nem vingança, mas tampouco perdão”, afirmou.
A impressionante história desta mulher – que hoje ocupa o cargo mais poderoso do Brasil e é uma das líderes políticas mais importantes do mundo – está contada em seu depoimento de 2001, que você pode ver nos links que seguem abaixo.
É relevante ler este depoimento para se ter conhecimento da incrível história desta mulher que, depois de sofrer horrores nas prisões militares, tornou-se presidenta do Brasil – e é bastante admirada pela grande maioria dos brasileiros.
É importante também que este depoimento sirva de alerta à sociedade para que se fortaleça cada vez mais a democracia brasileira e que anos tenebrosos, como foram os da ditadura militar, jamais voltem a se repetir no Brasil.
Ditadura nunca mais.
Veja, nos links abaixo, da Folha, o emocionante depoimento de Dilma Rousseff:

Um comentário:

  1. Boa tarde Manuel sou de são miguel e estou aguardando por noticias de são miguel através do seu blog, pois para nós q moramos em uma cidade pequena e queremos dar opião e saber o q estar acontecendo na politica principalmente. Nos enforme porfavor obrigado.

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